Da confiança
à crise dos Bancos (54)
DO «BANCO DA MADEIRA» (1920) AO «BANCO SANTANDER TOTTA»
Por iciativa de Rui Aragão de Freitas, Diretor
Regional do Banco Totta & Açores, verificou-se a sua expansão ao abrir, em
1970, um escritório de representação em Caracas, tendo ficado à frente um
trabalhador do banco na Madeira, e um escritório em Londres. Esta iniciativa
resultou do facto de o Banco da Madeira ter mantido as suas caraterísticas
regionais e ainda autonomia administrativa.
Em julho de 1972, Rui Aragão de Freitas deixou o Banco
Totta & Açores, passando para a direção de outro Banco e de uma empresa
turística, foi nomeado Diretor Regional das Ilhas do Banco Totta & Açores o
Dr. Caetano de Lencastre. Como gerente de zona, ficou Manuel José Morna de Freitas.
Nova dinâmica foi imprimida na gestão do Banco Totta & Açores, não só
evoluindo com a abertura de diversos balcões na Madeira, incluindo um no
Aeroporto de Santa Catarina, mas também na reorganização dos serviços com meios
técnicos e com uma forte aposta na formação do seu pessoal. As melhorias
imprimidas tiveram em vista mais rentabilidade dos recursos humanos para melhor
servir os seus clientes e angariar outros.
Quando em 1995 o Banco da Madeira, nas suas sucessivas
incorporações, fez 75 anos de existência, o Banco Totta & Açores publicou
um importante historial desde 1920, bastante revelador dos momentos de êxito e
desventuras por que passou o Banco instituído na Madeira. Uma das facetas
desenvolvidas desde há muitos anos foi a da formação profissional do seu
pessoal, “no correcto pressuposto de que só empregados devidamente preparados e
consciencializados para a missão que lhes está destinada, podem contribuir para
o êxito da empresa (…) depois de admitidos ao serviço, os novos empregados do Banco
eram iniciados, nas suas tarefas, pelas chefias e colegas mais antigos,
transitando depois pelos diferentes serviços, por forma a possuírem uma
formação bancária global susceptível de lhes propocionar polivalência global (…) teve lugar, nas
instalações do Banco da Madeira, o primeiro curso de «management» levado a
efeito nesta Região e nele participaram os elementos da direcção e chefias.
Orientou esta importante acção o Dr. Raul Caldeira, Director do Pessoal do BTA
e, na altura, também Presidente da Associação Europeia de Directores de
Pessoal”.
Para além da deslocação de elementos da gestão à sede
do Banco para realizarem estágios, a formação permanente tornou-se realidade
quotidiana com cursos de inglês e de alemão com monitores da sede do BTA. “A Biblioteca
especializada, ao dispor dos empregados do Banco da Madeira, constituía um
manancial onde se podia colher muitos conhecimentos e informação”.
O convívio, desporto e lazer constituiu uma faceta
importante da atividade do Banco da Madeira, que se expandiram para as
sucessivas incorporações. “Desde os primórdios da sua existência, o Banco da
Madeira fomentou passeios pela Ilha, frequentes jantares e reuniões de
confraternização e outras iniciativas visando a aproximação entre todos os
elementos do seu pessoal, num esforço para melhorar a comunicação e estreitar
relações”. Sem esmorecer nas atividades, acaba por ser criado o Grupo
Desportivo do Banco da Madeira, em 29 de março de 1956, sendo mais tarde eleita
a sua primeira Direção presidida por Rui Aragão de Freitas, fazendo parte
Manuel Vilhena Andrade, Silvio Silva, José Figueira e Carlos Alberto Teixeira.
Ao longo dos anos, o Grupo Desportivo foi desenvolvido com a colaboração de
Franklim Lopes, Cruz Gouveia, Rogério Abreu, Jacinto Vasconcellos, Nelson
Câmara, Renato Abreu, Alberto Andrade...
(continua)
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