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domingo, 12 de fevereiro de 2017


Da confiança à crise dos Bancos (54)

DO «BANCO DA MADEIRA» (1920) AO «BANCO SANTANDER TOTTA»
Por iciativa de Rui Aragão de Freitas, Diretor Regional do Banco Totta & Açores, verificou-se a sua expansão ao abrir, em 1970, um escritório de representação em Caracas, tendo ficado à frente um trabalhador do banco na Madeira, e um escritório em Londres. Esta iniciativa resultou do facto de o Banco da Madeira ter mantido as suas caraterísticas regionais e ainda autonomia administrativa.
Em julho de 1972, Rui Aragão de Freitas deixou o Banco Totta & Açores, passando para a direção de outro Banco e de uma empresa turística, foi nomeado Diretor Regional das Ilhas do Banco Totta & Açores o Dr. Caetano de Lencastre. Como gerente de zona, ficou Manuel José Morna de Freitas. Nova dinâmica foi imprimida na gestão do Banco Totta & Açores, não só evoluindo com a abertura de diversos balcões na Madeira, incluindo um no Aeroporto de Santa Catarina, mas também na reorganização dos serviços com meios técnicos e com uma forte aposta na formação do seu pessoal. As melhorias imprimidas tiveram em vista mais rentabilidade dos recursos humanos para melhor servir os seus clientes e angariar outros.

Quando em 1995 o Banco da Madeira, nas suas sucessivas incorporações, fez 75 anos de existência, o Banco Totta & Açores publicou um importante historial desde 1920, bastante revelador dos momentos de êxito e desventuras por que passou o Banco instituído na Madeira. Uma das facetas desenvolvidas desde há muitos anos foi a da formação profissional do seu pessoal, “no correcto pressuposto de que só empregados devidamente preparados e consciencializados para a missão que lhes está destinada, podem contribuir para o êxito da empresa (…) depois de admitidos ao serviço, os novos empregados do Banco eram iniciados, nas suas tarefas, pelas chefias e colegas mais antigos, transitando depois pelos diferentes serviços, por forma a possuírem uma formação bancária global susceptível de lhes propocionar  polivalência global (…) teve lugar, nas instalações do Banco da Madeira, o primeiro curso de «management» levado a efeito nesta Região e nele participaram os elementos da direcção e chefias. Orientou esta importante acção o Dr. Raul Caldeira, Director do Pessoal do BTA e, na altura, também Presidente da Associação Europeia de Directores de Pessoal”.
Para além da deslocação de elementos da gestão à sede do Banco para realizarem estágios, a formação permanente tornou-se realidade quotidiana com cursos de inglês e de alemão com monitores da sede do BTA. “A Biblioteca especializada, ao dispor dos empregados do Banco da Madeira, constituía um manancial onde se podia colher muitos conhecimentos e informação”.

O convívio, desporto e lazer constituiu uma faceta importante da atividade do Banco da Madeira, que se expandiram para as sucessivas incorporações. “Desde os primórdios da sua existência, o Banco da Madeira fomentou passeios pela Ilha, frequentes jantares e reuniões de confraternização e outras iniciativas visando a aproximação entre todos os elementos do seu pessoal, num esforço para melhorar a comunicação e estreitar relações”. Sem esmorecer nas atividades, acaba por ser criado o Grupo Desportivo do Banco da Madeira, em 29 de março de 1956, sendo mais tarde eleita a sua primeira Direção presidida por Rui Aragão de Freitas, fazendo parte Manuel Vilhena Andrade, Silvio Silva, José Figueira e Carlos Alberto Teixeira. Ao longo dos anos, o Grupo Desportivo foi desenvolvido com a colaboração de Franklim Lopes, Cruz Gouveia, Rogério Abreu, Jacinto Vasconcellos, Nelson Câmara, Renato Abreu, Alberto Andrade...


(continua)

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