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segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Da confiança à crise dos Bancos (93)

Do Banco Português do Atlântico (31/12/1942) ao Millennium BCP:

Com um capital social de 4.094.235.361,86 euros, o BCP foi o primeiro grande banco a rever para todos os clientes os «spreands» no crédito à habitação ao longo do ano de 2015. Cortou tanto à margem mínima e máxima, passando a apresentar a taxa mais baixa do mercado para a compra de casa (2,25%) a partir do mês de fevereiro. Fez um corte de 25 pontos base nas margens de crédito, com a máxima a descer de 4,75% para 4,50%, que o colocou como a instituição com o melhor «spread» para aquisição de habitação entre os bancos de referência do mercado nacional.
Das informações publicadas no Portal do BCP em 2016, foi anunciado: “No Millennium bcp acreditamos que, para apoiar a internacionalização e reforçar a competitividade das Empresas portuguesas, temos que apostar no profissionalismo e estar mais próximos do seu negócio. Com esse objetivo que decorrem as "Jornadas Millennium Empresas", encontros que percorrem o país de Norte a Sul, e com os quais se pretende promover parcerias e reforçar os laços comerciais já existentes. Durante estes encontros foram abordados temas relacionados com as perspetivas económicas do País e das Empresas locais, bem como a oferta do Millennium bcp para a dinamização da atividade empresarial”. No dia 19 de maio estaremos no Funchal, com a presença do Dr. Miguel Albuquerque, Presidente do Governo Regional da Madeira, e do Dr. Nuno Amado, Presidente da Comissão Executiva do Millennium bcp, para além de um conjunto de personalidades de referência na vida económica da Região. Ao início da tarde terão lugar 3 Workshops Temáticos sobre o Programa Madeira 14-20, Soluções de Tesouraria e Financiamento e de Trade Finance, que são espaços de debate e de partilha de experiências”.
Na sua intervenção, no Funchal, o presidente executivo, Nuno Amado, afirmou que “o Millennium bcp está a posicionar-se como o banco que aguentará as pretensões do Banco Central Europeu de concentrar, cada vez mais, o sector em instituições mais sólidas. Em Portugal, aponta-se para a sobrevivência de um banco público e um privado (…) resistência e resiliência são os trunfos que resultaram dos piores anos da crise, fruto dos excessos da banca que assumiu riscos em demasia e taxas de juro arriscadas, ao ponto do BCP ter atingido um rácio de 100 depósitos por vada 170 créditos. Foi preciso um enorme ajuste e caso se confirmem os propósitos do BCE que, com a União Bancária, obrigue a uma maior concentração do setor, será o Millennium bcp a sobreviver. Isto porque soube adaptar-se aos três pilares do banco central que são uma supervisão mais exigente, processos de resolução transitórios e uma aposta na garantia do depósito, que falta ser efectivada”.
Chegado o ano de 2017, foi aventada a hipótese de o BCP vir a poder ser ator de um plano B para a Caixa Económica Montepio Geral, e que passaria por ser a Fundação Millennium bcp a entrar no capital e não o banco diretamente, o que não se verificou.
Em 27 de julho, Nuno Amado apresentou os resultados semestrais, passando de prejuízo a lucro de 89,9 milhões de euros, mas tendo um stock elevado de ativos por recuperação de crédito. Em junho, o BCP tinha 1,8 mil milhões e euros de imóveis (1,6 mil milhões líquidos de imparidades). Tratou-se de um problema estrutural de iparidades que abrangeu todo o sistesma financeiro, que se revelou a partir da crise de 2008.


Ao longo de várias semanas, procurei deixar a minha resumida análise dos aspetos mais relevantes da riquíssima história do BPA até chegar ao Millennium bcp.

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