Bancos Criados na Madeira que
Desapareceram (12)
O ano de
2005 para o BANIF marca uma posição de relevo no mercado bancário internacional
com a abertura do Banco em Londres, a partir do dia 18 de setembro, depois da
Venezuela, África do Sul, Estados Unidos e Brasil e outros. No jantar de gala esteve
presente para além de Horácio Roque, presidente do BANIF, Cavaco Silva, Miguel
de Sousa, em representação da Assembleia Legislativa da Madeira, e John Major.
Horácio
Roque falou da história do Banco e da participação efetiva em sete países e
três continentes, para além da grande expansão no continente português, Madeira
e Açores.
Cavaco
Silva referiu: “Se a Europa não conseguir inverter políticas, para enfrentar o
desafio da competitividade, então não conseguirá resolver problemas como o
desemprego, garantir a protecção social que os europeus ambicionam, e passará
por dificuldades (…) é errado pensar que as exportações asiáticas se tratam
apenas de produtos de mão-de-obra intensiva e tecnologicamente pouco
avançados”.
Miguel de
Sousa disse que “é o nome da Madeira e do Funchal, em particular, que estão a
partir de agora na maior praça financeira mundial, através de um banco que é
jovem e que nasceu na Região”. O Relatório e Contas referente a 2005 refere: “O
Rácio de Solvabilidade total do Banco, nível consolidado com o Banif Finance
Ltd e com a Banif (Açores) SGPS, SA, (calculado de acordo com as instruções do
Banco de Portugal) situou-se em 11,63% no final de 2005, (12,07% em 2004,
enquanto que o rácio Tier I atingiu 6,89% (7,92% em 2004)”. O Lucro Líquido foi
de 26.104.449,08 euros, tendo sido a sua aplicação destinada: Reserva Legal
(10%), 2.610.444,91; Dividendos 19.200.000,00; Outras Reservas, 2.919.004,17;
distribuição pelos colaboradores: 1.375.000,00.
Em
fevereiro de 2006, Horácio Roque esteve de visita às instalações do Banco em
Joanesburgo, tendo contatado com os clientes, grande parte dos quais emigrantes
madeirenses. No convívio, Horácio Roque, depois de pedir ajuda aos emigrantes
para chegar aos 75.000 clientes até final do ano, disse: “o crescimento do
Banif foi o crescimento da Madeira, e tal como muitos outros madeirenses aqui
presentes, o Banif saiu das águas agitadas da Madeira para todo o Mundo e hoje
está presente em três continentes e num total de onze países (…) tal como disse
em 1988 que o Banif estaria onde estivessem os madeirenses, foi isso que
aconteceu”.
Com 230.000
clientes no final de 2005, o grupo financeiro Banif queria atingir 300.000 no
final de 2006 e queria aumentar a rede de balcões no continente dos 132
existentes para 200 em 2008, com ritmo de abertura de 20 novas unidades por
ano. Quando a divulgação pública de resultados financeiros começa a ser
referida também ao Grupo Banif e não apenas ao Banco, avoluma-se a confusão num
aglomerado de sociedades, mesmo que só do setor financeiro, resultando em
ignorância por parte de clientes investidores em ações e em obrigações. Porque
investir nestes produtos financeiros numa sociedade do Grupo, que não o Banco,
não é legalmente o mesmo, embora seja legal o conglomerado de empresas, umas
participantes e participadas noutras. É tudo legal e do conhecimento das
entidades reguladoras. Mas não é percetível para os clientes ou futuros
clientes ter conhecimento de um comunicado, de 17/05/2006, do Banif do seguinte
teor: “O Banif – Grupo Financeiro obteve lucros consolidados de 19,4 milhões de
euros no final do 1º trimestre deste ano (…) o produto da actividade bancária
atingiu 81.275 milhões de euros”.
(continua)
Sem comentários:
Enviar um comentário