Bancos Criados na Madeira que
Desapareceram (11)
Ao
comemorar quinze anos de existência do BANIF, Horácio Roque afirmou ao Jornal
da Madeira de 15/01/2003: “Eu acreditei e apostei naquilo que na altura poucas
pessoas acreditavam. Acreditei que era possível criar um banco com raízes
madeirenses e que tivesse futuro. Hoje penso que já ninguém tem dúvidas de que
o Banif é um projecto consolidado e com grande margem de progressão nos
mercados nacional e internacional”. Mais adiante salienta que “O Banif começou
pequenino na Madeira, hoje é um grupo financeiro com uma dimensão razoável e
respeitado, não só no país como internacionalmente”.
No final de
2003, Horácio Roque reforçou a sua posição no capital social do Banif, através
da Rentipar Financeira, SGPS, S.A. com mais de 66% do capital, tornando-se o
maior acionista. Em 10/01/2003, foi certificado o aumento do Capital Social do
BANIF (o novo Banco matriculado a 01/04/2002 com o mesmo nome do que foi criado
em 1988) de 200.000.000,00 euros para 240.000.000,00. E no mesmo dia
10/01/2003, foi certificado que o BANIF – S.G.P.S., S.A. (que resultou da
transformação do BANIF de 1988), com a matrícula 3658/880203, aumentou o
capital social de 150.000.000,00 para 200.000.000,00 euros.
Em
13/03/2003, a empresa Banif -SGPS, S.A., na qualidade de Emitente, e o Banif –
Banco de Investimento, S.A., na qualidade de Intermediário Financeiro,
subscreveram um “Anúncio de Lançamento da Oferta Pública de Subscrição
Modificada e Admissão à Negociação no Mercado de Cotações Oficiais da EURONEXT
LISBON – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, SA, no montante máximo
de 50.000 Obrigações, ao Portador e Escriturais, de valor nominal de 1.000
Euros cada, representativas do Empréstimo Obrigacionista “Emissão de Obrigações
da BANIF SGPS, SA, 2003/2006””. O anúncio refere que “o empréstimo tem a
duração de três anos e meio, sendo o reembolso efectuado ao valor nominal, de
uma só vez, em 30 de Setembro de 2006”.
O Diagrama
de participações do Grupo Banif em 31/12/2003 evoluiu para uma estrutura
complexa com Holdings e Sub-holdings, que no conjunto totaliza 35 empresas. Na
hierarquia da estrutura, o BANIF surge em terceiro lugar, estando em primeiro o
BANIF – SGPS, S.A. e em segundo o BANIF Comercial, SGPS, S.A..
Enquadrado
na conjuntura internacional e nacional do ano 2004, o BANIF integrou-se no sistema financeiro frente a um
“cenário desafiante, nomeadamente ao nível da margem de intermediação devido à
permanência de baixas taxas de juro, para além de não ter podido beneficiar de
uma conjuntura de mercado de capitais tão favorável como a de 2003”.
O Relatório
e Contas refere que “No âmbito do Programa 50.000 (projecto desenvolvido pelo
Banco em 2004, em colaboração com consultores externos, com o objectivo de
ampliar a sua base de Clientes activos em 50.000), celebram-se protocolos
comerciais com diversas entidades públicas e privadas, o que contribuiu para a
manutenção da significativa quota de mercado regional e a angariação de 9.000
novas contas activas”. Foram desenvolvidos os “Planos Directores, efectuados
para o Grupo em 2003 no domínio da adequação ao Novo Acordo de Basileia II”. “Os
passivos subordinados do Banif referem-se aos empréstimos de obrigações de
caixa subordinadas ao montante de 112.380 mil euros”. No exercício de 2004, o
Lucro Líquido foi de 20.511.587,58 euros, tendo sido a sua aplicação destinada:
a Reserva Legal, 2.051.158,76; Dividendos 12.000.000,00; Outras Reservas,
6.460.428,82.
(continua)
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