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sábado, 16 de junho de 2018


Bancos Criados na Madeira que Desapareceram (9)
De acordo com o Relatório e Contas, o ano de 2000 apresenta-se para o BANIF um ano de “consolidação da globalização dos mercados financeiros e da economia real, tendo-se continuado a verificar processos de mega fusões” ao nível das empresas, mas com efeitos no sistema financeiro português. A “actividade do Banco na Região Autónoma da Madeira foi caracterizada por um forte incremento da actividade comercial a que correspondeu um significativo aumento do volume de recursos captados e do crédito concedido”. A rede de agências em toda a Região atingiu as 28. O Relatório refere que “São significativos os aumentos de 17% no volume total de depósitos de Clientes e de 33% do crédito concedido”. Foram admitidos 222 empregados “para fazer face à abertura de novas agências” e recompor o quadro de pessoal, tendo saído 109. No final do ano, o Banco tinha 1.331 empregados, dos quais, 71% estavam nas áreas comerciais. Mas o Grupo Banif contava com 2.685 empregados.
O ano de 2001 é marcado pelo lançamento do projeto da remodelação do edifício-sede do BANIF, da autoria do arquiteto Siza Vieira, apresentado em 14 de julho daquele ano. Na cerimónia, realizada no Salão Nobre da Câmara Municipal do Funchal, Horácio Roque, presidente do Conselho de Administração, salientou que “O Banif há muito que deixou de ser uma pequena instituição (…) se o Banif é cobiçado é porque é um banco forte e potencial (…) é um grande banco, com uma solidez invejável, razão porque, de tempos em tempos, alguns sectores da concorrência fazem sair cá para fora notícias infundadas de que o Banif adere a fusões ou algo semelhante. Isso é um disparate”.
Em assembleias gerais a realizar a 21 dezembro de 2001, cujas convocatórias foram publicadas na II série do Jornal Oficial da Madeira, do dia 20/11/2001, e no Jornal da Madeira de 20 de novembro, aparecem vários tipos de obrigações, tais como: Obrigações de Caixa subordinadas BANIF 96; Obrigações de Caixa subordinadas BANIF 97; Obrigações de  Caixa  EUROPA/JAPÃO -2002; Obrigações de Caixa Banif – Europa Rendimento garantido; Obrigações de Caixa subordinadas BANIF 2001/2011 1ª emissão; Obrigações de  Caixa subordinadas BANIF 2000/2010 2ª emissão; Obrigações de  Caixa subordinadas BANIF 2000/2010. Outra assembleia geral visou a aquisição e ou alienação pelo Banif de ações de várias empresas do Grupo BANIF.
De acordo com o Relatório e Contas de 2001, o BANIF tinha 31 Agências em toda a Região, que asseguram “uma forte cobertura do Banco em toda a Região e orienta a sua actividade comercial para os particulares e empresas de pequena/média dimensão”.
No tocante à Sucursal Financeira Exterior: “Verificou-se, ao longo do ano, um bom crescimento do volume de transacções, fruto de um cada vez maior reconhecimento do nome do Banco e da sua Sucursal Off-Shore no mercado internacional”.
A Filial nas Ilhas Cayman, durante o primeiro semestre, efectuou duas emições de obrigações indexadas ao risco Brasil (…) nos montantes de EUR 10,75 milhões e de EUR 10 milhões, que foram integralmente colocadas junto de clientes particulares e institucionais do Grupo”.
Em 2001, o BANIF gerou um resultado, líquido de impostos, de 11.821.430,83 euros (2.369.984.097$00). O Conselho de Administração salienta que o resultado “foi fortemente afectado pela provisão constituída nos termos do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal, para fazer face à depreciação da participação financeira do Banco na Banif Açores, SGPS, SA no montante de 7.262.993,56 Euros (Esc. 1.456.099.474$00).
Gregorio Gouveia

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