Da confiança
à crise dos Bancos (12)
No
exercício de 1997, o BANIF gerou um resultado, líquido de impostos, no montante
de 2.266.142.678$42. Também apresentou “Resultados Transitados do Exercício de
1996, no montante de 5.920.000$00, correspondentes aos dividendos relativos a
1996 das acções detidas pelo Banco no primeiro dia útil do período de pagamento
dos mesmos, pelo que a Aplicação de Resultados se reporta ao montante global de
Esc. 2.272.062.678$42”, que foram distribuídos da seguinte forma:
226.614.268$00
para Reserva Legal; 120.448.410$42 para Outras Reservas; 1.800.000.000$00 para Dividendos
(Dividendo de 80$00 por acção); 125.000.000$00 para Distribuição pelos Empregados.
Em 31/12/1997, foi convocada uma assembleia geral dos
detentores de “Obrigações de Caixa Subordinadas Banif/96”, a ter lugar no dia
11/02/1998 para “Proceder à nomeação do representante comum dos obrigacionistas
e, eventualmente, de um ou mais substitutos; Fixar a remuneração e duração do
mandato do representante comum dos obrigacionistas”. Estas obrigações tinham
sido emitidas a 09/12/1996, no montante de 5.000.000 contos. Como se vê, não é
nova a questão, agora tão falada, das obrigações subordinadas.
Na
assembleia geral do dia 30/03/1998 foi aumentado o capital do BANIF, passando
de 22.500.000$ para 30.000.000$00. Com este aumento de capital, foram alterados
e republicados os estatutos do Banco, mantendo como órgãos sociais a Assembleia
Geral, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal. Mas o Conselho de
Administração é assistido por um Conselho Consultivo. Há também uma Comisão de
Vencimentos, “composta por três accionistas eleitos pela Assembleia Geral, por
um período de três anos, cujas decisões serão sempre tomadas por maioria”.
Devido a
“irregularidades graves” na Agência de Câmara de Lobos, a Polícia Judiciária
deteve, a 04/04/1998l, o anterior gerente, após participação feita pela
administração do Banco.
A aplicação
de Resultados de 1998, no total de 2.374.728.705$30, foram distribuídos da
seguinte forma: 237.472.871$00 para Reserva Legal; 37.255.834$30 para Outras
Reservas; 2.100.000.000$00 para Dividendos (Dividendo de 84$00 por acção); não
consta nenhuma verba para distribuir pelos empregados, o contrário do que tinha
acontecido no ano anterior.
Em meados
do ano de 1999, o BANIF representava 3% do setor bancário português. E havia
adquirido 51% do capital do Banco Primus, uma instituição brasileira. Horácio
Roque, na altura presidente do Conselho de Administração referiu (JM,
30/07/1999) que “os planos da instituição financeira portuguesa na América
Latina incluem um crescimento. É a internacionalização do Banco com raízes
madeirenses e que, a nível do País, está em crescente expansão. Na Madeira, o
Banif reume a maior percentagem da clientela bancária assumindo-se, com
destaque, como a principal instituição de crédito da Região”.
No
Relatório e Contas de 1999 aparece um diagrama com a designação do nome das 10
Direcções Comerciais e 9 Direcções Administrativas do Banco. Refere também o
Resultado do Exercício, líquido de impostos, no montante de 1.957.222.561$00
(euros 9.762.584,98), assim distribuídos: 195.722.256$00 (euros 976.258,50)
para Reserva Legal; 406.789.356$00 (euros 2.029.056,75) para Resultados
Transitado; 1.323.181.200$00 (euros 6.600.000,00) para Dividendos;
31.529.749$00 (euros 157.269,73) para Outras Reservas; não consta nenhuma verba
para distribuir pelos empregados.
(continua)
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