Da confiança
à crise dos Bancos (9)
O BANIF desenvolveu a sua atividade ao
longo do ano 1992 “prosseguindo o esforço que tem vindo a ser desenvolvido no sentido
da criação de un grupo de empresas da área financeira complementares da actividade
do Banco, procurando-se através de uma estratégia de «cross selling» e de uma
capacidade de resposta mais diversificada contribuir para fidelização crescente
dos nossos clientes”. Esta é uma citação do Relatório, Balanço e Contas do
Exercício de 1992 do BANIF e do Grupo BANIF Consolidado, publicado no JORAM, nº
38, 3º Suplemento, II Série, de 07/04/1993.
Naquele ano o resultado da atividade
desenvolvida determinou um lucro de 4 309 684 contos, tendo sido
aplicado: para reserva legal, 430 968 contos; para outras reservas,
1 691 216; para distribuição de dividendos, 2 187 500. É o
primeiro Balanço em que aparecem várias empresas do Grupo BANIF, no sistema de
contas consolidadas.
No grupo das empresas filiais
compreendidas na consolidação constam:
- o BANIF – Banco Internacional do
Funchal, S.A. com sede no Funchal;
- BANIF Investimentos, SGPS, S.A., com
sede em Lisboa, com 100% de capital detido pelo Banco; - BANIFÓLIO – Sociedade
Gestora de Património, S.A., com sede em Lisboa, com 100% de capital detido
pelo Banco;
- BANIFUNDOS – Sociedade Gestora de Fundos
de Investimento Mobiliário, S.A., com sede em Lisboa, com 100% de capital
detido pelo Banco.
No grupo das empresas filiais excluídas da
consolidação aparecem:
- INVESFREIRAS – Investimento Imobiliário,
S.A. com sede em Lisboa, com 100% de capital detido pelo Banco;
- SGM – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões
Mundial, S.A., com sede em Lisboa, com 100% de capital detido pelo Banco;
- MUNDICRE – Sociedade Financeira para
Aquisição a Crédito, S.A., com 50% de capital detido pelo Banco;
- MUNDILEASING – Sociedade de Locação
Financeira, S.A., com 50% de capital detido pelo Banco.
No grupo das empresas associadas surge:
- ASCOR DEALER – Sociedade Financeira de
Corretagem, S. A., com sede em Lisboa, com 10,377% de capital detido pelo
Banco.
No ano de 1993 a atividade desenvolvida
determinou um lucro menos de metade do ano anterior (4 309 684 contos
em 1992, 1 752 577 em 1993). Com 739 empregados no final do ano, a
situação do BANIF reflete o estado de crise que se estende a outros Bancos do
sistema financeiro nacional. Apesar disso, o Relatório e Contas de 1993
salienta que “O Banco prosseguiu a política de expansão e consolidação da sua
imagem externa através do crescimento com a Banca internacional, tendo
aumentado a rede de Correspondentes no Estrangeiro e os acordos de agenciamento
com os mesmos”. Mais refere que “Na REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA foi prosseguida
a consolidação da posição de primeiro Banco Comercial que o Banco detém, tendo,
nomeadamente, sido lançado um novo produto - a Conta BANIF Caderneta -
especificamente concebido para responder a necessidades específicas de alguns
segmentos da respectiva clientela de Particulares”.
A 28/05/1993 o BANIF obteve uma licança
para exercer a atividade bancária, criando uma filial em Georgestown, no Centro
Financeiro “offshore” das Ilhs Caimão com a designação social de BANIF – Banco
Internacional do Funchal, (Caymann), Lda
(continua)
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