Bancos Criados na Madeira que
Desapareceram (16)
No dia 21/03/2011,
ocorreu nova etapa no BANIF – Banco Internacional do Funchal, SA, ao ter
entrado para o índice PSI 20, com 570 milhões de ações, juntando-se aos Bancos
cotados: BPI, BES e BCP. Naquele primeiro dia, foram transacionadas 359.920
ações do BANIF, valorizando 1,136% sobre 0,89 euros, passando para 0,90 euros
por ação.
A partir da
Assembleia Geral de acionistas da Banif SGPS, SA, realizada no dia 15/04/2011,
surgiram informações de venda de participações noutras empresas, bem como
fecho/deslocações de agências. A notícia dada pelo «Jornal da Madeira», de 16
de abril, refere que Marques dos Santos, presidente do conselho de
administração, destacou factos relevantes de 2010 respeitantes: “à venda de 70%
da «Banif corretora de valores» no Brasil à Caixa Geral de Depósitos, ainda não
traduzida nas contas, uma mais-valia de 28 milhões de euros”; “venda da
participação no Finibanco”; “compra da Global e Global Vida, pela Companhia de
Seguros Açoreana, uma fusão que representa um reforço na área seguradora”; “aumento
de capital na Banif SGPS, de 80 milhões de euros; “aumento de capital do Banco
em 214 milhões (o que levou à subida do rácio); “o activo líquido do grupo
cresceu 8,9% e atingiu cerca de 16 mil milhões de euros”; “o crédito cresceu
5,9%, 700 milhões de euros; “os recursos de clientes cresceram 18,5%, 1,4 mil
milhões de euros, que representa o dobro do crédito”; “o Banif não vai encerrar
agências a Madeira, o que está a acontecer são deslocações de agências como
aconteceu na Ponta do Sol e na Penteada, a nível nacional é pontual, (três
encerraram no primeiro trimestre de 2011, mas outras abriram)”.
Quando em
maio de 2011 o BANIF – Banco Internacional do Funchal organizou em Caracas o X
Encontro de Gerações, em parceria com os jornais «CORREIO da Venezuela» e
«Diário de Notícias» da Madeira, o administrador do Banif, Machado Andrade,
garantiu aos mais de 500 participantes no encontro: “A saúde financeira do
Banif nunca esteve em causa, pelo que os esforços da administração estão
concentrados em prestar um melhor serviço aos seus clientes (…) o sistema
financeiro português está de boa saúde e recomenda-se, apesar do momento
difícil que Portugal atravessa actualmente” (in DN, 25/05/2011).
O ano de 2012
marcou nova e profunda mudança na administração no Grupo Banif. E verificou-se
a saída do índice PSI20. Luís Amado passou a presidente do Conselho de
Administração do Banif SGPS, SA, por indigitação da Rentipar Financeira,
“holding” dos herdeiros do comendador Horácio Roque, que detém a maioria do
capital. Para o lugar de presidente executivo (CEO) do Grupo Banif entra Jorge
Tomé que foi administrador da Caixa Geral de Depósitos. Com a mudança
verificada na assembleia geral extraordinária, realizada no dia 22 de março, saíram
Marques dos Santos e Carlos Almeida, que vinham exercendo funções desde a morte
de Horácio Roque. A assembleia geral extinguiu o Conselho Consultivo e criou um
novo órgão designado Conselho Superior Corporativo, que foi presidido por Maria
Teresa Roque. A Mesa da Assembleia Geral é presidida por Miguel José Luís de
Sousa.
Um novo retrocesso do Banif verificou-se com a
saída do PSI20, devido à Nyse Euronext de Lisboa ter decidido tal saída por
razões de desvalorização das ações em 65,5%, devido às fortes quedas do setor
bancário em 2011. Em lugar do Banif, passou a integrar o PSI20 a Espírito Santo
Financial Group, a holding que controla o BES.
(continua)
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