Bancos Criados na Madeira que
Desapareceram (35)
«BANCO DA MADEIRA» - Ganha a batalha de manter o nome Banco da
Madeira associado ao Banco Lisboa & Açores após a sua fusão neste Banco,
nova mudança ocorreu quando em 1970 deu-se a fusão entre o Banco Totta-Aliança
(fundado em 1961) e o Banco Lisboa & Açores (fundado em 22/03/1875),
originando o Banco Totta & Açores. O Banco Totta-Aliança tinha resultado da
fusão do Banco Aliança, criado em 1863, com a evolução de algumas Casas Bancárias,
sendo a mais recuada no tempo a Casa Bancária de Fortunato Chamiço,
estabelecida em 1843 por Fortunato Chamiço Júnior, seguindo-se: a Casa Bancária
de José Henriques Totta, fundada em 1893; José Henriques Totta & Companhia,
fundada em 1911, com Alfredo da Silva;
José Henriques Totta, Lda, fundada em 1921; Banco José Henriques Totta,
fundado em 1953, com D. Manoel de Mello.
Quando em 1995 o Banco da Madeira, nas suas sucessivas
incorporações, fez 75 anos de existência, o Banco Totta & Açores publicou
um importante historial desde 1920, revelador dos momentos de êxito e
desventuras por que passou o Banco instituído na Madeira. Assim, “no correcto
pressuposto de que só empregados devidamente preparados e consciencializados
para a missão que lhes está destinada, podem contribuir para o êxito da empresa
(…) depois de admitidos ao serviço, os novos empregados do Banco eram
iniciados, nas suas tarefas, pelas chefias e colegas mais antigos, transitando
depois pelos diferentes serviços, por forma a possuírem uma formação bancária
global susceptível de lhes propocionar
polivalência global (…) teve lugar, nas instalações do Banco da Madeira,
o primeiro curso de «management» (…) tendo nele participado os elementos da
direcção e chefias. Orientou esta importante acção o Dr. Raul Caldeira,
Director do Pessoal do BTA e, na altura, também Presidente da Associação
Europeia de Directores de Pessoal”. A formação permanente tornou-se realidade
quotidiana com cursos de inglês e de alemão com monitores da sede do BTA. “A
Biblioteca especializada, ao dispor dos empregados do Banco da Madeira,
constituía um manancial onde se podia colher muitos conhecimentos e
informação”.
Desde os
primórdios, o Banco da Madeira fomentou passeios pela Ilha, frequentes jantares
e reuniões de confraternização e outras iniciativas visando a aproximação entre
todos os elementos do seu pessoal, num esforço para melhorar a comunicação e
estreitar relações”. Sem esmorecer nas atividades, acaba por ser criado o Grupo
Desportivo do Banco da Madeira, em 29 de março de 1956, sendo mais tarde eleita
a sua primeira Direção presidida por Rui Aragão de Freitas, fazendo parte
Manuel Vilhena Andrade, Sílvio Silva, José Figueira e Carlos Alberto Teixeira.
Ao longo dos anos, o Grupo Desportivo foi desenvolvido com a colaboração de
Franklim Lopes, Cruz Gouveia, Rogério Abreu, Jacinto Vasconcellos, Nelson
Câmara, Renato Abreu, Alberto Andrade...
Com
o «25 de Abril de 1974» e a nacionalização da Banca em março do ano seguinte, o
Banco Totta & Açores viu-se envolvido no período de instabilidade política.
Na Madeira, os separatistas, ao pretenderem transformar o Banco Totta &
Açores – Banco da Madeira em banco exclusivamente regional e emissor da moeda
“Zarco”, promoveram em 29 de setembro de 1975 o arranque do letreiro desta
instituição de crédito. Uma enorme multidão, no Largo do Chafariz, observava
Consuelo Santos com um martelo, em cima de uma escada, a arrancar a
“indesejável” palavra “Totta”, ficando apenas a designação de “Banco da Madeira
& Açores”.
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