Pesquisar neste blogue

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Casas Bancárias Criadas na Madeira
Se o século XIX marcou o aparecimento dos primeiros Bancos, alguns dos quais específicos na Madeira, também algumas Casas Bancárias nasceram na Região. A história destas instituições surge em trabalhos específicos: livro do economista João Abel de Freitas; trabalho conjunto, atualizado em 23/01/2017, de Alberto Vieira, Emanuel Janes e Sérgio Rodrigues; Elucidário Madeirense. Daí, apenas caber neste texto uma sucinta referência para concluir a temática bancária que iniciei em 12/02/2016.
Em 1922, existiriam no Funchal as casas bancárias Blandy Brothers & C.ª constituída no dia 29/11/1920; Henrique Figueira da Silva, surgiu em 1898 (ou Banco Figueira) que fechou em 20 de novembro de 1930; Reid Castro & C.ª; Rocha Machado & C.ª; Sardinha & Cª., criada em 1868 (depois Banco Sardinha, integrado no Banco da Madeira em 1933).
Foram acrescidas outras casas bancárias: Teixeira Machado & Cª.; Rodrigues Simão & Cª.; A. Adida & Cª.; Rodrigues, Irmão & Cª, integrada no Banco da Madeira em 1933; Rodrigues, Tavares, Freitas & Cª.  A Casa Bancária de Henrique Figueira da Silva, ou Banco Figueira, surgiu em 1898, com instalações na R. dos Murças. Esta casa dominava os financiamentos ao comércio e à indústria da Ilha, sendo de destacar a sua ação nos sectores das moagens e dos engenhos de açúcar e de aguardente como a Fábrica de S. Filipe.
 A casa bancária Henrique Figueira Sardinha, conhecida por Banco Sardinha, teve uma importante carteira de depósitos e de empréstimos, no valor de um milhão de libras esterlinas, a um grupo significativo de empresas madeirenses.  
Decorreu em 1687 a primeira experiência conhecida do uso do papel como forma de dinheiro, em Portugal, quando D. Pedro II mandou que os “Escritos da Casa da Moeda passados em troca de moeda cerceada corram como dinheiro de contado”. Em 1757, as instituições denominadas Depósito Público e as Companhias do Grão-Pará e de Pernambuco funcionavam como bancos. Em 1766, foram declaradas como «dinheiro líquido» para girarem no comércio as Apólices das Companhias Gerais. Em 1784, D. Maria I ordenou que os “Escritos das Alfândegas gyrem no commercio como dinheiro corrente”. Em 1797, é instituída oficialmente a utilização do papel como meio generalizado de pagamento – as «Apólices Pequenas» do Real Erário. Em 1800, foi estabelecida uma Caixa de Desconto para receber e descontar Apólices Pequenas (D. Rodrigo de Sousa Coutinho, Presidente do Real Erário, propôs, entre outras medidas para amortização do papel-moeda, a criação de um Banco).
Em 1834, foi extinto o papel-moeda e o Banco de Lisboa foi encarregado da sua amortização e, no ano seguinte, alguns títulos do Tesouro Público foram admitidos na compra de bens nacionais “como se fossem moeda corrente”, surgindo, em 1837, Bilhetes de Tesouro que foram recebidos nas Repartições Fiscais como dinheiro contado. Entre 1838 e 1844 são criadas, com o concurso do Banco de Lisboa, várias companhias financeiras, por exemplo, Confiança, Crédito Nacional, União, Auxiliar e Confiança Nacional, com a finalidade de conceder empréstimos ao Governo. Estas companhias emitiram títulos (pagáveis à vista e ao portador) designadas «notas promissórias» ou «bilhetes» muito semelhantes às notas do Banco de Lisboa

FIM do setor bancário.

Sem comentários:

Enviar um comentário