Autonomia que alimentou a Pobreza (1)
“Para o povo ter mais dinheiro,
ter pão para a boca,
ter mais emprego, temos que ter mais
meios legislativos
para governarmos o território de
uma forma mais eficaz
de fazer render melhor o que nós
fizermos de investimentos”.
Alberto João Jardim, 15/11/2008,
no Congresso dos TSD
Desde
1976, o Governo Regional teve à sua disposição as receitas dos impostos
regionais, dinheiro do Orçamento do Estado e, depois, fundos comunitários, a
par do recurso a dívidas nos Bancos,
tudo para gastar onde e como entendeu, com o apoio político da Assembleia
Regional.
Uma
análise nua e crua da realidade social da Madeira profunda demonstra que os pobres
da «MADEIRA NOVA» são revelados a vários níveis e por toda a Região. Há pobreza
declarada e pobreza camuflada porque, neste caso, ainda há quem tenha vergonha
de manifestar a sua insuficiência económica. É uma vergonha para uma Região,
rica só na boca dos demagogos e hipócritas social-democratas regionais, desde os
primeiros responsáveis pela situação social, até os seus subservientes
subordinados que ajudam a camuflar os desmandos da governação.
Outra
questão é a de saber em que o Governo Regional gastou tanto dinheiro que entrou
nos cofres da Região, quando se sabe que o dinheiro gasto em questões sociais
vem do Orçamento da Segurança Social Nacional, até para pagar o ordenado dos
funcionários do Instituto da Segurança Social da Madeira, e que para este o
Orçamento Regional não transfere nem um cêntimo.
A
pobreza que o PSD-M vem criando não é somente a que diz respeito às famílias
que correm ao Rendimento Social de Inserção; aos «sem-abrigo»; às famílias assistidas diariamente por diferentes
instituições de solidariedade social, fornecendo refeições, roupa, serviços de
lavandaria e higiene pessoal; noutras formas de manifestação de pobreza
– sem contar com os pobres de espírito que vagueiam pela Região à sombra do PSD.
Mas
também fervilham por todo o lado milhares de casos extremamente graves de alcoolismo;
a toxicodependência é cada vez mais acentuada em toda a Região; a criminalidade
acentua-se em muitos concelhos; a disfunção e marginalização social afetam
grupos mais vulneráveis como é o caso dos jovens e crianças, daí a
delinquência juvenil constituir um grave problema regional; a violência
doméstica é cada vez mais um grave fenómeno regional; o desemprego e a precariedade não foram irradicados
na Região; alguns concelhos da Região têm o menor poder de compra «per capita» nacional; milhares de idosos teem pensões abaixo do Salário Mínimo Regional, daí
usar o PIB como indicador do bem-estar,
constitui um erro, por não refletir situações sociais e económicas para as
pessoas no acesso a bens que satisfaçam
as necessidades básicas na sua luta pela sobrevivência.
O que daí decorre é que constitui uma obra fabulosa da
autoria do PSD-M, não ter engenho nem arte para promover políticas de
desenvolvimento harmonioso e global, de modo a satisfazer as mais elementares
necessidades sociais e económicas de milhares de famílias que, por óbvias
razões, não conseguiram meios de subsistência, pelo contrário, estão numa
situação de penúria.
Não vivem mas sobrevivem!
(continua)
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