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terça-feira, 21 de junho de 2016

Da confiança à crise dos Bancos (20)

No dia 21 de março de 2011 ocorreu mais uma etapa para o BANIF – Banco Internacional do Funchal, SA, ao ter entrado para o índice PSI 20, com 570 milhões de ações, juntando-se, assim, aos Bancos que nele já estavam cotados: BPI, BES e BCP. Naquele primeio dia, foram transacionadas 359.920 ações do BANIF, valorizando 1,136% sobre 0,89 euros, passando para 0,90 euros por ação.

A partir da Assembleia Geral de acionistas da Banif SGPS, SA, realizada no dia 15 de abril de 2011, surgem informações de venda de participações noutras empresas, bem como fecho/deslocações de agências. A notícia dada pelo «Jornal da Madeira», de 16 de abril, refere que Marques dos Santos, presidente do conselho de administração, destacou factos revelantes de 2010 respeitantes:
-  “à venda de 70% da «Banif corretora de valores», no Brasil, à Caixa Geral de Depósitos, ainda não traduzida nas contas, uma mais-valia de 28 milhões de euros”;
- “venda da participação no Finibanco”;
- “compra da Global e Global Vida, pela Companhia de Seguros Açoreana, uma fusão que representa um reforço na área seguradora”;
- “aumento de capital na Banif SGPS, de 80 milhões de euros;
- “aumento de capital do Banco em 214 milhões (o que levou à subida do rácio);
- “o activo líquido do grupo cresceu 8,9% e atingiu cerca de 16 mil milhões de euros”;
- “o crédito cresceu 5,9%, 700 milhões de euros;
- “os recursos de clientes cresceram 18,5%, 1,4 mil milhões de euros, que representa o dobro do crédito”;
- “o Banif não vai encerrar agências a Madeira, o que está a acontecer são deslocações de agências como aconteceu na Ponta do Sol e na Penteada, a nível nacional é pontual, (três encerraram no primeito trimestre de 2011, mas outras abriram)”.

Quando em maio de 2011 o BANIF – Banco Internacional do Funchal organizou em Caracas o X Encontro de Gerações, em parceria com os jornais «CORREIO da Venezuela» e «Diário de Notícias» da Madeira, o administrador do Banif, Machado Andrade, garantiu aos mais de 500 participantes no encontro: “A saúde financeira do Banif nunca esteve em causa, pelo que os esforços da administração estão concentrados em prestar um melhor serviço aos seus clientes (…) o sistema financeiro português está de boa saúde e recomenda-se, apesar do momento difícil que Portugal atravessa actualmente” (in DN, 25/05/2011).

O ano de 2012 marca nova e profunda mudança na administração no Grupo Banif. E verificou-se a saída do índice PSI20.
Luis Amado passou a presidente do Conselho de Administração do Banif SGPS, SA, por indigitação da Rentipar Financeira, “holding” dos herdeiros do comendador Horrácio Roque, que detém a maioria do capital. Para o lugar de presidente executivo (CEO) do Grupo Banif entra Jorge Tomé que foi administrador da Caixa Geral de Depósitos. Com a mudança verificada na assembleia geral estraordinária, realizada no dia 22 de março, saiem Marques dos Santos e Carlos Almeida, que vinham exercendo funções desde a morte de Horácio Roque. A assembleia geral extinguiu o Conselho Consultivo e criou um novo órgão designado Conselho Superior Corporativo, que é presidido por Maria Teresa Roque. A Mesa da Assembleia Geral é presidida por Miguel José Luís de Sousa.
 Um novo retrocesso verificou-se com a saída do PSI20, devido à Nyse Euronext de Lisboa ter decidido tal saída por razões de desvalorização das ações em 65,5%, devido às fortes quedas do setor bancário em 2011. Em lugar do Banif, passou a integrar o PSI20 a Espírito Santo Financial Group, a holding que controla o BES.

(continua)

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