Da confiança
à crise dos Bancos (64)
DO «BANCO DA MADEIRA» (1920) AO «BANCO SANTANDER TOTTA»
O ano de 1995 marcou, na Madeira, uma importante efeméride do
Banco Totta & Açores - o Banco da Madeira. Em consequência daquele aniversário,
foi elucidativa a publicidade feita na imprensa regional ao referir:
“Da Madeira para o Mundo – Aqui nascemos, (em 1920). Naturais
da ilha, tratámos sempre, melhor do que ninguém, as questões financeiras da
população madeirense. Os anos 60, ao associarmo-nos ao Banco Lisboa &
Açores, demos o primeiro passo a futura criação de uma sólida instituição
bancária: o BANCO TOTTA & AÇORES. Uma nova dimensão com experiência, e
competências garantidas, que nos levou a crescer por todo o mundo.
Hoje somos também na Madeira um serviço offshore, que
proporciona aos emigrantes as melhores taxas para aplicação das suas poupanças.
Temos centenas de filiais espalhadas pelo “Continente”,
Europa, América, África e Ásia.
Em todas elas, ouvimos atentamente os nossos clientes, para
resolvermos todo o tipo de operações financeiras com eficácia e simpatia.
Por isso, se é com orgulho que hoje somos Banco Totta &
Açores, só nos sentimos completos, quando acrescentamos … o Banco da Madeira”.
O BTA tinha na Madeira 15 estruturas de atendimento: Funchal (Largo
do Chafariz – Posto de Câmbio no Hotel Santa Isabel – Estrada Monumental –
Bairro do Hospital – Rua Oudinot – Rua da Carreira – Sucursal Financeira
Exterior); Calheta (Estrela); Câmara de Lobos (Vila – Estreito de Câmara de
Lobos); Machico (Vila); Ribeira Brava (Vila); Santa Cruz (Aeroporto); S. Vicente
(Vila).
Ao longo de 1995, foram desencadeadas iniciativas de
racionalização de custos e de reajustamento das participações financeiras,
tendo entrado em funcionamento a TOTTAPensões e a reformulação de alguns fundos
geridos pela TOTTAFundos, para além da implementação da metodologia do “valor
em Risco” para “todos os activos e passivos sensíveis à taxa de juro”.
Na área comercial, “continuou o esforço da descentralização
geográfica das Direcções Regionais que foi de par com uma revisão dos modelos
de `scoring` e a introdução de numerosos `packages` de produtos, em especial no
domínio do crédito ao consumo e das pequenas e médias empresas”.
Teve uma presença ativa na atuação da área dos `swaps` de
curto prazo e na vertente obrigacionista, atravé da participação “em 32% das
emissões de obrigações realizadas em 1995, com realce para a liderança conjunta
nas emissões de obrigações realizadas pelo Parque Expo/98 e pela CP- Caminhos
de Ferro Portugueses”.
Revela o Relatório e Contas daquele ano que “Ao longo de 1995,
as acções do BTA continuaram a evidenciar um elevado nível de liquidez, tendo
atingido uma frequência de colocação de 100% e um valor de transacções da ordem
dos 31,1 milhões de contos. Em 29 de Fevereiro, o valor de mercado atingia os
176,2 milhões de contos. Considerando o início da privatização em 1989, as
acções do BTA valorizaram-se em cerca de 14%, tendo em atenção os aumentos de
capital e o pagamento de dividendos (…) da análise da situação económica e
financeira, ressalta o bom nível de rendibilidade que continua a ser
apresentado, não obstante a contínua redução das margens financeiras e o
contexto económico ainda pouco favorável, que se traduziu na obtenção de um
lucro líquido, atribuível ao BTA, de 17,2 milhões de contos o final do exercício”.
Em 1995, foram alienadas as participações nas seguradoreas
LUSITÂNIA VIDA, Companhia de Seguros, S.A., que tinha sido criada em 15/05/1987
(participação 18,60%) e na LUSITÂNIA, Companhia de Seguros, S.A., criada em
06/06/1986 (participação 16,15%).
(continua)
gregoriogouveia.blogspot.pt
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