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domingo, 23 de abril de 2017

Da confiança à crise dos Bancos (64)

DO «BANCO DA MADEIRA» (1920) AO «BANCO SANTANDER TOTTA»
O ano de 1995 marcou, na Madeira, uma importante efeméride do Banco Totta & Açores - o Banco da Madeira. Em consequência daquele aniversário, foi elucidativa a publicidade feita na imprensa regional ao referir:
“Da Madeira para o Mundo – Aqui nascemos, (em 1920). Naturais da ilha, tratámos sempre, melhor do que ninguém, as questões financeiras da população madeirense. Os anos 60, ao associarmo-nos ao Banco Lisboa & Açores, demos o primeiro passo a futura criação de uma sólida instituição bancária: o BANCO TOTTA & AÇORES. Uma nova dimensão com experiência, e competências garantidas, que nos levou a crescer por todo o mundo.
Hoje somos também na Madeira um serviço offshore, que proporciona aos emigrantes as melhores taxas para aplicação das suas poupanças.
Temos centenas de filiais espalhadas pelo “Continente”, Europa, América, África e Ásia.
Em todas elas, ouvimos atentamente os nossos clientes, para resolvermos todo o tipo de operações financeiras com eficácia e simpatia.
Por isso, se é com orgulho que hoje somos Banco Totta & Açores, só nos sentimos completos, quando acrescentamos … o Banco da Madeira”.
O BTA tinha na Madeira 15 estruturas de atendimento: Funchal (Largo do Chafariz – Posto de Câmbio no Hotel Santa Isabel – Estrada Monumental – Bairro do Hospital – Rua Oudinot – Rua da Carreira – Sucursal Financeira Exterior); Calheta (Estrela); Câmara de Lobos (Vila – Estreito de Câmara de Lobos); Machico (Vila); Ribeira Brava (Vila); Santa Cruz (Aeroporto); S. Vicente (Vila).

Ao longo de 1995, foram desencadeadas iniciativas de racionalização de custos e de reajustamento das participações financeiras, tendo entrado em funcionamento a TOTTAPensões e a reformulação de alguns fundos geridos pela TOTTAFundos, para além da implementação da metodologia do “valor em Risco” para “todos os activos e passivos sensíveis à taxa de juro”.
Na área comercial, “continuou o esforço da descentralização geográfica das Direcções Regionais que foi de par com uma revisão dos modelos de `scoring` e a introdução de numerosos `packages` de produtos, em especial no domínio do crédito ao consumo e das pequenas e médias empresas”.
Teve uma presença ativa na atuação da área dos `swaps` de curto prazo e na vertente obrigacionista, atravé da participação “em 32% das emissões de obrigações realizadas em 1995, com realce para a liderança conjunta nas emissões de obrigações realizadas pelo Parque Expo/98 e pela CP- Caminhos de Ferro Portugueses”.
Revela o Relatório e Contas daquele ano que “Ao longo de 1995, as acções do BTA continuaram a evidenciar um elevado nível de liquidez, tendo atingido uma frequência de colocação de 100% e um valor de transacções da ordem dos 31,1 milhões de contos. Em 29 de Fevereiro, o valor de mercado atingia os 176,2 milhões de contos. Considerando o início da privatização em 1989, as acções do BTA valorizaram-se em cerca de 14%, tendo em atenção os aumentos de capital e o pagamento de dividendos (…) da análise da situação económica e financeira, ressalta o bom nível de rendibilidade que continua a ser apresentado, não obstante a contínua redução das margens financeiras e o contexto económico ainda pouco favorável, que se traduziu na obtenção de um lucro líquido, atribuível ao BTA, de 17,2 milhões de contos  o final do exercício”.
Em 1995, foram alienadas as participações nas seguradoreas LUSITÂNIA VIDA, Companhia de Seguros, S.A., que tinha sido criada em 15/05/1987 (participação 18,60%) e na LUSITÂNIA, Companhia de Seguros, S.A., criada em 06/06/1986 (participação 16,15%).
(continua)

gregoriogouveia.blogspot.pt

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