Pesquisar neste blogue

sábado, 18 de abril de 2020


PS-Madeira – Estruturas, Congressos e Líderes (10)

3ª Convenção (continuação)

Com esta coligação pós-eleitoral, parecia estar-se perante um PS-M finalmente unido e com bom augúrio para o futuro. Mais tarde, verificou-se que a unidade estava assente sobre areia movediça, apesar de cada uma das moções de estratégia política apresentar boas intenções para levar o PS-M a bom porto: Mota Torres comprometia-se «RESPEITAR O PASSADO, GANHAR O FUTURO», enquanto que Gil França pretendia «UNIR O PS, SERVIR A REGIÃO».
O extenso texto da moção de Mota Torres constata que “Vinte anos volvidos sobre as eleições que pela primeira  vez conduziram o PSD ao poder na RAM, não podemos fechar os olhos a tudo o que tem acontecido, como se a normalidade democrática estivesse a presidir  a uma numerosa sucessão de vitórias que a oposição, e particularmente o PS-M, se limitam a constatar e, num esforço intelectual de monta, tentam justificar. Apesar de todos os condicionalismos, e eles existem, o pior que, enquanto partido podemos fazer, é não reconhecer as nossas próprias responsabilidades, omissões e incapacidades, para fazer frente a uma poderosa organização política, como é o PSD, responsável máximo pelo poder regional e autárquico na Madeira há mais de duas décadas (...) só há PS-Madeira preparado para os desafios do futuro quando a opinião pública, globalmente, identificando-se ou não com o PS, reconheça nela uma organização atenta, séria idónea e capaz. Aí sim, está ganha a grande batalha da teimosia dos socialistas da Madeira e está aberto o caminho de um futuro mais risonho”.
Mais adiante salienta que “O grande desafio que se põe ao PS-M é saber ser um Partido político. É, no essencial, definir as suas finalidades, os seus objectivos, as suas estratégias, elencar os meios disponíveis e, trabalhar. É este o meu apelo. Ao trabalho, camaradas”. Depois sistematiza os temas que serviriam de base para o trabalho a levar a cabo num “SISTEMA TEÓRICO DE SUPORTE DA DINÂMICA POLÍTICA DO PS-MADEIRA”, tais como os “Valores Socio-Culturais”; “Valores Ideológicos”; “Sistema Organizacional do PS-Madeira (...) uma organização em rede, onde a seiva do Partido (os militantes) percorra toda a estrutura”;  “Relações Inter-Pessoais (...) conduta valorizadora de toda a energia heurística (...)”; “Relações Institucionais” (Estado – Regiões –União Europeia – Região Autónoma da Madeira);  “Uma Autonomia Sóbria” (corresponde à doutrina de Herculano «da administração do País pelo País»).

Gil França começa por  referir que “a candidatura que sustenta a presente Moção nasceu da constatação da necessidade de uma candidatura abrangente, verdadeiramente aglutinadora do maior leque possível de sensibilidades, e, sobretudo, capaz de unir  o Partido em torno de um objectivo comum, incutindo-lhe a coesão, a disciplina, o sentido de responsabilidade e a força, indispensáveis para que se possa afirmar como uma real alternativa política da Região Autónoma (...) o único compromisso desta candidatura é para com a Região Autónoma da Madeira e nessa linha procuraremos fazer do PS-Madeira um instrumento acima de tudo ao serviço desta Região e apostado em assegurar uma real alternativa ao poder regional por que os madeirenses e portossantenses tanto anseiam”. Daí que, depois, enumerasse um conjunto de propostas com vista a uma conduta do PS-M centrada no “princípio da UNIDADE NA ACÇÃO”.

(continua)



Sem comentários:

Enviar um comentário