Pesquisar neste blogue

sábado, 25 de abril de 2020


PS-Madeira – Estruturas, Congressos e Líderes (11)

3ª Convenção (continuação)

O conjunto de vetores assentava: 
- no “Ideário Político e a abertura à sociedade civil” (“é o ideário político que nos une e nos identifica e nos responsabiliza”);
- “O aparelho organizativo” (“o militante de base é o sujeito e o destinatário principal da acção politico-partidária do PS”);
- “O trabalho nas autarquias” (“a Associação de Autarcas Socialistas da RAM é fundamental para a formação técnica e política  dos autarcas”); 
- “O aprofundamento da Autonomia da Região” (“os valores e benefícios da Autonomia são um bem precioso (...) o seu aprofundamento e aperfeiçoamento será uma preocupação de todos nós”);
- “Um desenvolvimento harmonioso e humanizado” (“é necessário elaborar um aperfeiçoado modelo de desenvolvimento sustentado”), onde se inseriam:  um Plano Regional de Emergência Habitacional, Educação, Cultura, Ciência e Desporto, Ambiente, Segurança e Trabalho, Sector Primário, Comércio e Industria.

Chegado o dia 11 de maio de 1997, realizou-se a Convenção, onde foi discutido um importante documento, intitulado «O PODER LOCAL NA AUTONOMIA», elaborado com a colaboração de André Escórcio, António Loja, Arlindo Oliveira, Bernardo Martins, José António Cardoso, Mota Torres, Quinídio Correia, Rafael Jardim, Ricardo Freitas, Rui Caetano, Rui Rodrigues e Violante Matos.

IX Congresso Regional
Retomada a fase dos congressos, nos dias 27 e 28 de fevereiro de 1999 teve lugar o IX Congresso Regional, marcado por mais uma onda de contestação ao líder Mota Torres.
O álibi foram os resultados pouco favoráveis obtidos nas eleições autárquicas, especialmente no Funchal, realizadas em dezembro de 1997. Por sua vez, a proposta apresentada na Comissão Regional de 18 de fevereiro de 1998, que previa a demissão de Mota Torres, marcou o rumo do maior diferendo alguma vez verificado entre a Direcção do PS-M e a Direcção do Grupo Parlamentar. Precisamente porque, apesar da proposta ter sido subscrita por dezassete militantes, foi o primeiro subscritor, Fernão Freitas, líder do Grupo parlamentar, o principal alvo a abater.

Mas nem o novo congresso fez acabar a crise interna. As candidaturas a líder quaduplicaram, gorando-se qualquer tentativa de apresentar um candidato de consenso. Mota Torres recandidatou-se apresentando a moção «SERVIR A MADEIRA»; surgiu pela primeira vez o grupo do «Novo PS», liderado por João Carlos Gouveia, cuja moção intitulava-se «PARA UM NOVO  PS: PRIMEIRO A LIBERDADE»; Ricardo Freitas surgiu como primeiro subscritor da moção «UM PS DE TODOS E PARA TODOS»; Góis Mendonça apresentou-se com a intenção de «MUDAR COM DIGNIDADE».

Embora com estratégia sectorial, a JS apresentou uma moção intitulada «A MUDANÇA PASSA POR NÓS», para além de outras doze moções de âmbito também sectorial que abarcavam cada uma um tema específico da vida regional, apresentadas por vários congressistas.

Mota Torres disse ao DN de 27 de fevereiro de 1999 pretender “um debate de ideias com elevação”, virado para o exterior, porque “temos de perceber que o rival político é o PSD”;  João Carlos Gouveia afirmou-se “o homem certo para o lugar certo” porque Mota Torres “criou um clima de afectividade com os militantes e tem  o aparelho na mão (...) se fosse António Trindade a se apresentar, eu ganhava logo o congresso”;  Ricardo Freitas estava preocupado “com o nível em que o congresso possa decorrer  - à conta do radicalismo de alguns elementos da linha Torres e do Novo PS”;  Góis Mendonça apenas apresentou a moção para ter “tempo de antenna”.

(continua)



Sem comentários:

Enviar um comentário