PS-Madeira – Estruturas, Congressos e
Líderes (11)
3ª Convenção (continuação)
O conjunto de
vetores assentava:
- no “Ideário
Político e a abertura à sociedade civil” (“é o ideário político que nos une e
nos identifica e nos responsabiliza”);
- “O aparelho
organizativo” (“o militante de base é o sujeito e o destinatário principal da
acção politico-partidária do PS”);
- “O trabalho nas
autarquias” (“a Associação de Autarcas Socialistas da RAM é fundamental para a
formação técnica e política dos
autarcas”);
- “O aprofundamento
da Autonomia da Região” (“os valores e benefícios da Autonomia são um bem
precioso (...) o seu aprofundamento e aperfeiçoamento será uma preocupação de
todos nós”);
- “Um
desenvolvimento harmonioso e humanizado” (“é necessário elaborar um
aperfeiçoado modelo de desenvolvimento sustentado”), onde se inseriam: um Plano Regional de Emergência Habitacional,
Educação, Cultura, Ciência e Desporto, Ambiente, Segurança e Trabalho, Sector
Primário, Comércio e Industria.
Chegado o dia 11 de
maio de 1997, realizou-se a Convenção, onde foi discutido um importante
documento, intitulado «O PODER LOCAL NA AUTONOMIA», elaborado com a colaboração
de André Escórcio, António Loja, Arlindo Oliveira, Bernardo Martins, José
António Cardoso, Mota Torres, Quinídio Correia, Rafael Jardim, Ricardo Freitas,
Rui Caetano, Rui Rodrigues e Violante Matos.
IX
Congresso Regional
Retomada a fase dos congressos,
nos dias 27 e 28 de fevereiro de 1999 teve lugar o IX Congresso Regional, marcado por mais uma onda de contestação ao líder
Mota Torres.
O álibi
foram os resultados pouco favoráveis obtidos nas eleições autárquicas,
especialmente no Funchal, realizadas em dezembro de 1997. Por sua vez, a
proposta apresentada na Comissão Regional de 18 de fevereiro de 1998, que
previa a demissão de Mota Torres, marcou o rumo do maior diferendo alguma vez
verificado entre a Direcção do PS-M e a Direcção do Grupo Parlamentar.
Precisamente porque, apesar da proposta ter sido subscrita por dezassete militantes,
foi o primeiro subscritor, Fernão Freitas, líder do Grupo parlamentar, o
principal alvo a abater.
Mas nem
o novo congresso fez acabar a crise interna. As candidaturas a líder
quaduplicaram, gorando-se qualquer tentativa de apresentar um candidato de
consenso. Mota Torres recandidatou-se apresentando a moção «SERVIR A MADEIRA»;
surgiu pela primeira vez o grupo do «Novo PS», liderado por João Carlos
Gouveia, cuja moção intitulava-se «PARA UM NOVO
PS: PRIMEIRO A LIBERDADE»; Ricardo Freitas surgiu como primeiro
subscritor da moção «UM PS DE TODOS E PARA TODOS»; Góis Mendonça apresentou-se
com a intenção de «MUDAR COM DIGNIDADE».
Embora com estratégia sectorial, a
JS apresentou uma moção intitulada «A MUDANÇA PASSA POR NÓS», para além de
outras doze moções de âmbito também sectorial que abarcavam cada uma um tema
específico da vida regional, apresentadas por vários congressistas.
Mota Torres disse ao DN de 27 de fevereiro
de 1999 pretender “um debate de ideias com elevação”, virado para o exterior,
porque “temos de perceber que o rival político é o PSD”; João Carlos Gouveia afirmou-se “o homem certo
para o lugar certo” porque Mota Torres “criou um clima de afectividade com os
militantes e tem o aparelho na mão (...)
se fosse António Trindade a se apresentar, eu ganhava logo o congresso”; Ricardo Freitas estava preocupado “com o
nível em que o congresso possa decorrer
- à conta do radicalismo de alguns elementos da linha Torres e do Novo
PS”; Góis Mendonça apenas apresentou a
moção para ter “tempo de antenna”.
(continua)
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