PS-Madeira – Estruturas, Congressos e
Líderes (12)
(continuação IX Congresso Regional):
A moção de Mota Torres apontava o
desejo de o PS-M querer a confiança dos
madeirenses para “governar a Região Autónoma da Madeira e poder assim cumprir
os mais altos desígnios de servir a Região, os madeirenses e os portossantenses
(...) o 9º Congresso Regional do PS-Madeira tem por isso que ser o Congresso do inconformismo, mas também o da
maturidade (...) um partido organizado (...) aberto à sociedade” em que “Às
decisões democráticas devem corresponder atitudes e procedimentos cívicos e
partidariamente democráticos, respeitadores das decisões das maiorias e das
opiniões das minorias”.
João Carlos Gouveia, que, no dia
13 de agosto de 1997, ajudou a lançar o movimento político «FALA –Fórum de
Acção pela Liberdade no Arquipélago da Madeira», em oposição à FAMA, falava na
sua moção da existência do
“Exercício Autocrático do Poder na Região
Autónoma da Madeira e o Projecto Separatista da Ala Flamista do PSD/Madeira” e
das “Crises do PS/Madeira e a Exigência de um PS/Madeira a sério”; apontava a
limitação temporal dos mandatos “para os dirigentes partidários, para
detentores de cargos políticos”; redução das inerências a um valor simbólico
“para todos os órgãos directivos do PS/Madeira, para a escolha dos Delegados
aos futuros Congressos”; eleição por sufrágio directo, universal e secreto
“para a escolha dos dirigentes partidários, para aprovação de qualquer tipo de
coligação eleitoral, para aprovação de moções, globais ou sectoriais”; eleições
primárias, por sufrágio directo, universal e secreto para a escolha de todos os
futuros candidatos a “Autarcas, deputados (Parlamento Europeu, Assembleia da
República, Assembleia Regional) e Presidente do Governo da Região Autónoma da
Madeira”.
Ricardo Freitas apontava a
necessidade de corrigir a “Crise de identidade (...) a Postura Autista dos
responsáveis pelos órgãos dirigentes do Partido e outros titulares de cargos
políticos (...) a Fragilidade do PS/Madeira, que lhe retiraram o discernimento
e o fizeram virar-se sobre si mesmo”; fala do “Abuso do Poder” e os
“desiquilíbrios na RAM”, afirmando que “Os anti-autonomistas existem e temos de
estar preparados para as suas ofensivas (...) daí a necessidade da conciliação
interna para uma nova abordagem e o repensar duma cultura de poder em que todos
são importantes e todos têm um papel a
desempenhar na construção duma nova Madeira firme na sua autonomia, mas
determinada na realização da justiça social”.
Góis Mendonça previa que ao
PS-Madeira “compete abrir-se à sociedade, identificando-se com uma cultura de
permanente transformação (...) as prioridades dos anos 90 são diferentes das
prioridades dos anos 80. No limiar do milénio já ninguém quer saber do que está
feito, aliás grande parte da geração actual com menos de 30 anos, nem discute o
passado recente”; no plano interno, relembra que o “IX Congresso do PS-Madeira
realiza-se num momento crucial e numa das fases mais difíceis da vida interna
do PS-Madeira”, relembrando o que anteriormente aconteceu:
-“Retirada de confiança política ao nosso líder do Grupo
Parlamentar e consequente solicitação ao nosso principal adversário, líder do
PSD-Madeira, para que não reconheça o líder da bancada socialista como tal;
-Ida à Venezuela no espaço de um
mês de duas representações do PS-Madeira, uma do Grupo Parlamentar outra da
Direcção do Partido;
(continua)
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