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sexta-feira, 1 de maio de 2020


PS-Madeira – Estruturas, Congressos e Líderes (12)

(continuação  IX Congresso Regional):
A moção de Mota Torres apontava o desejo de o PS-M  querer a confiança dos madeirenses para “governar a Região Autónoma da Madeira e poder assim cumprir os mais altos desígnios de servir a Região, os madeirenses e os portossantenses (...) o 9º Congresso Regional do PS-Madeira tem por isso que ser  o Congresso do inconformismo, mas também o da maturidade (...) um partido organizado (...) aberto à sociedade” em que “Às decisões democráticas devem corresponder atitudes e procedimentos cívicos e partidariamente democráticos, respeitadores das decisões das maiorias e das opiniões das minorias”.

João Carlos Gouveia, que, no dia 13 de agosto de 1997, ajudou a lançar o movimento político «FALA –Fórum de Acção pela Liberdade no Arquipélago da Madeira», em oposição à FAMA, falava na sua moção da existência  do “Exercício  Autocrático do Poder na Região Autónoma da Madeira e o Projecto Separatista da Ala Flamista do PSD/Madeira” e das “Crises do PS/Madeira e a Exigência de um PS/Madeira a sério”; apontava a limitação temporal dos mandatos “para os dirigentes partidários, para detentores de cargos políticos”; redução das inerências a um valor simbólico “para todos os órgãos directivos do PS/Madeira, para a escolha dos Delegados aos futuros Congressos”; eleição por sufrágio directo, universal e secreto “para a escolha dos dirigentes partidários, para aprovação de qualquer tipo de coligação eleitoral, para aprovação de moções, globais ou sectoriais”; eleições primárias, por sufrágio directo, universal e secreto para a escolha de todos os futuros candidatos a “Autarcas, deputados (Parlamento Europeu, Assembleia da República, Assembleia Regional) e Presidente do Governo da Região Autónoma da Madeira”.

Ricardo Freitas apontava a necessidade de corrigir a “Crise de identidade (...) a Postura Autista dos responsáveis pelos órgãos dirigentes do Partido e outros titulares de cargos políticos (...) a Fragilidade do PS/Madeira, que lhe retiraram o discernimento e o fizeram virar-se sobre si mesmo”; fala do “Abuso do Poder” e os “desiquilíbrios na RAM”, afirmando que “Os anti-autonomistas existem e temos de estar preparados para as suas ofensivas (...) daí a necessidade da conciliação interna para uma nova abordagem e o repensar duma cultura de poder em que todos são importantes e todos têm  um papel a desempenhar na construção duma nova Madeira firme na sua autonomia, mas determinada na realização da justiça social”.

Góis Mendonça previa que ao PS-Madeira “compete abrir-se à sociedade, identificando-se com uma cultura de permanente transformação (...) as prioridades dos anos 90 são diferentes das prioridades dos anos 80. No limiar do milénio já ninguém quer saber do que está feito, aliás grande parte da geração actual com menos de 30 anos, nem discute o passado recente”; no plano interno, relembra que o “IX Congresso do PS-Madeira realiza-se num momento crucial e numa das fases mais difíceis da vida interna do PS-Madeira”, relembrando o que anteriormente aconteceu:
-“Retirada  de confiança política ao nosso líder do Grupo Parlamentar e consequente solicitação ao nosso principal adversário, líder do PSD-Madeira, para que não reconheça o líder da bancada socialista como tal;
-Ida à Venezuela no espaço de um mês de duas representações do PS-Madeira, uma do Grupo Parlamentar outra da Direcção do Partido;

(continua)

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