PS-Madeira – Estruturas, Congressos e
Líderes (15)
(continuação
X Congresso)
Góis Mendonça queria a inovação e
organização do PS-Madeira que deveria ser um partido “aberto e transparente, com uma permanente
auscultação da sociedade civil”. Pretendia “transformar este partido apático,
sem espírito de vitória, num partido com um projecto e uma estratégia ganhadora”.
Com o aproximar do dia do
congresso foi possível haver um entendimento entre José António Cardoso e
Victor Freitas que apresentaram uma lista única para os órgãos dirigentes
ficando como candidato à liderança José António Cardoso que acabou por ganhar.
Maria da Luz não elegeu delegados
e Góis Mendonça não apresentou listas para os órgãos dirigentes.
Com estas decisões políticas internas
criou-se a esperança de que o PS-Madeira, apenas com dois grupos em disputa,
entraria numa nova vida!
Com o
pedido de demissão de José António Cardoso, ficou aberto “concurso público”
para novo líder do PS-Madeira. Entretanto, a funcionalidade deste seguiu com
regularidade uma vez que Luísa Mendonça, presidente da Comissão Regional,
acumulou com as funções de Presidente.
Eleito um novo Secretariado, embora com alguns elementos que transitaram
do anterior, ficou tudo normalizado e “mais funcional”, uma vez que o estatuto
do Partido Socialista tem normas para regular as boas e as más situações
internas. Por outro lado, o bom senso da Comissão Regional em aceitar a
realização dum congresso antecipado em vez de extraordinário evitou não
realizar um congresso ordinário nos meses de fevereiro ou março de 2003, dado
que se fosse extraordinário apenas completaria o tempo que faltasse para
cumprir o mandato anterior. Para quem tem o dever de respeitar as leis internas
e poupar a realização de dois congressos num período de dez meses, outra
alternativa não poderia existir!
XI
CONGRESSO DO PS-M
Pela importância que revestia o XI Congresso do PS-M ficou clara a
definição de se apresentarem como candidatos Jacinto Serrão e João Carlos
Gouveia. Foram estes os protagonistas de mais um congresso que teve lugar nos
dias 19 e 20 de outubro de 2002, numa fase da história do PS-M em que urgia
criar uma imagem de credibilidade perante os madeirenses em geral e os
socialistas em particular.
Com eleição
diretamente pelos militantes nos dias 4, 5 e 6 de outubro de 2002, por acordo
entre Jacinto Serrão e João Carlos Gouveia, foi apenas apresentada uma lista
única para a Comissão Regional, Comissão de Jurisdição e Comissão Regional
Económica e Financeira.
Embora a refiliação ou atualização de ficheiros, conforme se lhe queira
chamar, tivesse ocorrido numa altura menos propícia pelas perturbações que
provocou, o certo é que clarifica, de certo modo, a vontade de quem,
efetivamente, quer continuar no partido, salvo os casos em que, por lapsos
inadmissíveis, os órgãos nacionais porventura tivessem falhado na garantia da
indispensável informação a todos os militantes da impossibilidade de votarem
neste congresso se não procedessem a tal refiliação. Seja como for, o Partido
parte duma nova base mais realista de militantes efetivos, esperando-se que não
apareçam aqueles que, de propósito, não responderam ”à chamada” para, no ato
eleitoral, levantarem problemas legais do processo.
Sem comentários:
Enviar um comentário