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domingo, 24 de maio de 2020


PS-Madeira – Estruturas, Congressos e Líderes (15)

(continuação X Congresso)

Góis Mendonça queria a inovação e organização do PS-Madeira que deveria ser um partido  “aberto e transparente, com uma permanente auscultação da sociedade civil”. Pretendia “transformar este partido apático, sem espírito de vitória, num partido com um projecto e uma estratégia  ganhadora”.

Com o aproximar do dia do congresso foi possível haver um entendimento entre José António Cardoso e Victor Freitas que apresentaram uma lista única para os órgãos dirigentes ficando como candidato à liderança José António Cardoso que acabou por ganhar.
Maria da Luz não elegeu delegados e Góis Mendonça não apresentou listas para os órgãos dirigentes.
Com estas decisões políticas internas criou-se a esperança de que o PS-Madeira, apenas com dois grupos em disputa, entraria numa nova vida!

Com o pedido de demissão de José António Cardoso, ficou aberto “concurso público” para novo líder do PS-Madeira. Entretanto, a funcionalidade deste seguiu com regularidade uma vez que Luísa Mendonça, presidente da Comissão Regional, acumulou com as funções de Presidente.  Eleito um novo Secretariado, embora com alguns elementos que transitaram do anterior, ficou tudo normalizado e “mais funcional”, uma vez que o estatuto do Partido Socialista tem normas para regular as boas e as más situações internas. Por outro lado, o bom senso da Comissão Regional em aceitar a realização dum congresso antecipado em vez de extraordinário evitou não realizar um congresso ordinário nos meses de fevereiro ou março de 2003, dado que se fosse extraordinário apenas completaria o tempo que faltasse para cumprir o mandato anterior. Para quem tem o dever de respeitar as leis internas e poupar a realização de dois congressos num período de dez meses, outra alternativa não poderia existir!

XI CONGRESSO DO PS-M
Pela importância que revestia o XI Congresso do PS-M ficou clara a definição de se apresentarem como candidatos Jacinto Serrão e João Carlos Gouveia. Foram estes os protagonistas de mais um congresso que teve lugar nos dias 19 e 20 de outubro de 2002, numa fase da história do PS-M em que urgia criar uma imagem de credibilidade perante os madeirenses em geral e os socialistas em particular.
Com eleição diretamente pelos militantes nos dias 4, 5 e 6 de outubro de 2002, por acordo entre Jacinto Serrão e João Carlos Gouveia, foi apenas apresentada uma lista única para a Comissão Regional, Comissão de Jurisdição e Comissão Regional Económica e Financeira.

Embora a refiliação ou atualização de ficheiros, conforme se lhe queira chamar, tivesse ocorrido numa altura menos propícia pelas perturbações que provocou, o certo é que clarifica, de certo modo, a vontade de quem, efetivamente, quer continuar no partido, salvo os casos em que, por lapsos inadmissíveis, os órgãos nacionais porventura tivessem falhado na garantia da indispensável informação a todos os militantes da impossibilidade de votarem neste congresso se não procedessem a tal refiliação. Seja como for, o Partido parte duma nova base mais realista de militantes efetivos, esperando-se que não apareçam aqueles que, de propósito, não responderam ”à chamada” para, no ato eleitoral, levantarem problemas legais do processo.

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