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domingo, 17 de maio de 2020


PS-Madeira – Estruturas, Congressos e Líderes (14)

(continuação X Congresso Regional)

Como primeiro subscritor, Victor Freitas representava a JS com vista a “Reflectir, Congregar e Vencer” porque “É necessário que tomemos uma postura reflectiva sobre o que queremos para a Madeira e para os Madeirenses”.  É que “Na actual conjuntura política e Social temos que ser consensuais nas escolhas que fazemos para o Partido Socialista. Todos nós, militantes, devemos estar disponíveis para essa reflexão e para essa procura de soluções (...) é necessário que o PS saiba renovar-se, que saiba apresentar uma nova imagem, novas políticas e atrair os cidadãos às nossas ideias (...) O PS-Madeira ao longo do tempo foi perdendo a tradição dos porta-vozes para as diferentes áreas temáticas. Hoje torna-se necessário recuperar esse património”.
A moção é ultra-nacionalista/regionalista, no bom sentido dos termos, quanto à renovação da esquerda na Madeira e à sua cultura: “Queremos revitalizar a esquerda na Madeira. Queremos que esta seja moderna, inovadora e arrojada na Sociedade. Não podemos, nem devemos, importar modelos que nada tenham a ver  com a cultura portuguesa, nem com a realidade madeirense. Temos que trilhar o nosso rumo e criar na Madeira uma sociedade onde a nossa visão de esquerda tenha permeabilidade”. Com a apologia na aposta na juventude e no “socialismo no século XXI”, a moção  prevê que “Nenhuma alteração política é conseguida sem o apoio da juventude” porque “Vamos assumir a nossa  responsabilidade – dar à Madeira um PS capaz de vencer os desafios do Século XXI”.

A moção de José António Cardoso considera que este “1º congresso da nova era secular e milenar constitui seguramente um marco, mais do que temporal, de MUDANÇA de protagonistas, de valores, de comportamentos, em suma, de MUDANÇA na política... onde TUDO TERÁ DE SER DIFERENTE  a partir de agora”. Com base nos princípios da “TOLERÂNCIA, do RESPEITO, da HONESTIDADE, da RESPONSABILIDADE, do EMPENHAMENTO e do ACREDITAR NA NOSSA CAPACIDADE DE RESPONDER AOS DESAFIOS, terão de ser determinantes para a nossa afirmação pública”. Precisamente porque “A política não é um jogo, mas o construir de um futuro com base na razão, valores, ética e respeito pela diferença”. Até porque é preciso pôr “fim aos conflitos, espírito de missão, estratégia ganhadora (...) organização, rigor, competência (...) trabalho, dedicação, empenho, capacidade, coerência, dinâmica (...) rigor, disciplina, previsão, ousadia (...) reconciliação, união, mobilização (...) salvaguardando as nossas diferenças e preservando os nossos valores e capital político”. Propondo um novo paradigma da autonomia, afirma que “É fundamental o aprofundamento da afirmação regional pela preservação da nossa identidade cultural, mas num quadro de abertura que nos permita ganhar os desafios na afirmação dos valores de uma tripla cidadania: madeirense, portuguesa, europeia”.

Maria da Luz pretendeu “Estabelecer vias que tornem o PS aberto à sociedade, desperto para a realidade socio-económica, laboral, sindical, cultural, firmando uma relação de confiança entre todo o PS e a sua Direcção e responsáveis pelas estruturas dos concelhos e freguesias na inventariação real e concreta de problemas, dificuldades, anseios e aspirações de todos os cidadãos das empresas e das instituições”. Entendeu que era importante “Devolver aos militantes do Partido Socialista a dignidade, a honra, o orgulho e o brio de serem , sem tibiezas, socialistas, não por clubismo ou capricho, ou oportunista busca dum cargo, onde o partido seja o princípio e o fim de tudo, mas com protagonistas sérios, diligentes e empenhados no conhecimento dos problemas e dificuldades do quotidiano da Região e dos seus cidadãos”.

Góis Mendonça queria a inovação e organização do PS-Madeira que deveria ser um partido  “aberto e transparente, com uma permanente auscultação da sociedade civil”. Pretendia “tramsformar este partido apático, sem espírito de vitória, num partido com um projecto e uma estratégia  ganhadora”.
Com o aproximar do dia do congresso, foi possível haver um entendimento entre José António Cardoso e Victor Freitas que apresentaram uma lista única para os órgãos dirigentes ficando como candidato à liderança José António Cardoso que acabou por ganhar. Maria da Luz não elegeu delegados e Góis Mendonça não apresentou listas para os órgãos dirigentes.
Ao fim e ao cabo, criou-se a esperança de que o PS-Madeira, apenas com dois grupos em disputa, entraria numa nova vida!.

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