PS-Madeira – Estruturas, Congressos e
Líderes (14)
(continuação
X Congresso Regional)
Como primeiro subscritor, Victor
Freitas representava a JS com vista a “Reflectir, Congregar e Vencer” porque “É
necessário que tomemos uma postura reflectiva sobre o que queremos para a
Madeira e para os Madeirenses”. É que
“Na actual conjuntura política e Social temos que ser consensuais nas escolhas
que fazemos para o Partido Socialista. Todos nós, militantes, devemos estar
disponíveis para essa reflexão e para essa procura de soluções (...) é
necessário que o PS saiba renovar-se, que saiba apresentar uma nova imagem,
novas políticas e atrair os cidadãos às nossas ideias (...) O PS-Madeira ao
longo do tempo foi perdendo a tradição dos porta-vozes para as diferentes áreas
temáticas. Hoje torna-se necessário recuperar esse património”.
A moção é
ultra-nacionalista/regionalista, no bom sentido dos termos, quanto à renovação
da esquerda na Madeira e à sua cultura: “Queremos revitalizar a esquerda na Madeira.
Queremos que esta seja moderna, inovadora e arrojada na Sociedade. Não podemos,
nem devemos, importar modelos que nada tenham a ver com a cultura portuguesa, nem com a realidade
madeirense. Temos que trilhar o nosso rumo e criar na Madeira uma sociedade
onde a nossa visão de esquerda tenha permeabilidade”. Com a apologia na aposta
na juventude e no “socialismo no século XXI”, a moção prevê que “Nenhuma alteração política é
conseguida sem o apoio da juventude” porque “Vamos assumir a nossa responsabilidade – dar à Madeira um PS capaz
de vencer os desafios do Século XXI”.
A moção de José António Cardoso
considera que este “1º congresso da nova era secular e milenar constitui
seguramente um marco, mais do que temporal, de MUDANÇA de protagonistas, de
valores, de comportamentos, em suma, de MUDANÇA na política... onde TUDO TERÁ
DE SER DIFERENTE a partir de agora”. Com
base nos princípios da “TOLERÂNCIA, do RESPEITO, da HONESTIDADE, da
RESPONSABILIDADE, do EMPENHAMENTO e do ACREDITAR NA NOSSA CAPACIDADE DE
RESPONDER AOS DESAFIOS, terão de ser determinantes para a nossa afirmação
pública”. Precisamente porque “A política não é um jogo, mas o construir de um
futuro com base na razão, valores, ética e respeito pela diferença”. Até porque
é preciso pôr “fim aos conflitos, espírito de missão, estratégia ganhadora
(...) organização, rigor, competência (...) trabalho, dedicação, empenho,
capacidade, coerência, dinâmica (...) rigor, disciplina, previsão, ousadia
(...) reconciliação, união, mobilização (...) salvaguardando as nossas
diferenças e preservando os nossos valores e capital político”. Propondo um
novo paradigma da autonomia, afirma que “É fundamental o aprofundamento da
afirmação regional pela preservação da nossa identidade cultural, mas num
quadro de abertura que nos permita ganhar os desafios na afirmação dos valores
de uma tripla cidadania: madeirense, portuguesa, europeia”.
Maria da Luz pretendeu
“Estabelecer vias que tornem o PS aberto à sociedade, desperto para a realidade
socio-económica, laboral, sindical, cultural, firmando uma relação de confiança
entre todo o PS e a sua Direcção e responsáveis pelas estruturas dos concelhos
e freguesias na inventariação real e concreta de problemas, dificuldades,
anseios e aspirações de todos os cidadãos das empresas e das instituições”.
Entendeu que era importante “Devolver aos militantes do Partido Socialista a
dignidade, a honra, o orgulho e o brio de serem , sem tibiezas, socialistas,
não por clubismo ou capricho, ou oportunista busca dum cargo, onde o partido
seja o princípio e o fim de tudo, mas com protagonistas sérios, diligentes e
empenhados no conhecimento dos problemas e dificuldades do quotidiano da Região
e dos seus cidadãos”.
Góis Mendonça queria a inovação e
organização do PS-Madeira que deveria ser um partido “aberto e transparente, com uma permanente
auscultação da sociedade civil”. Pretendia “tramsformar este partido apático,
sem espírito de vitória, num partido com um projecto e uma estratégia ganhadora”.
Com o aproximar do dia do
congresso, foi possível haver um entendimento entre José António Cardoso e
Victor Freitas que apresentaram uma lista única para os órgãos dirigentes
ficando como candidato à liderança José António Cardoso que acabou por ganhar.
Maria da Luz não elegeu delegados e Góis Mendonça não apresentou listas para os
órgãos dirigentes.
Ao fim e ao cabo, criou-se a
esperança de que o PS-Madeira, apenas com dois grupos em disputa, entraria numa
nova vida!.
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