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sábado, 9 de maio de 2020


PS-Madeira – Estruturas, Congressos e Líderes (13)

(continuação IX Congresso Regional)

-Declarações do Presidente da Comissão Política Regional do PS-Madeira de que a solução política do partido só se resolve com o afastamento dos deputados em próximas eleições regionais;
-Marcação de acções de dinamização do partido em três Concelhos distintos, no mesmo dia e nas mesmas horas;
-Permanente confronto entre a Direcção do Grupo Parlamentar e a Direcção do Partido”.

Chegado ao fim, o Congresso elegeu Mota Torres para continuar à frente do PS-M como, aliás, já estava previsto dias antes pelo número de delegados eleitos pela sua moção.

10º Congresso Regional:
Quando terminou o prazo de dois anos do mandato dos órgãos dirigentes, eleitos no congresso de fevereiro de 1999, o PS-Madeira encontrava-se retalhado pela conflitualidade interna. A Direcção do Partido e a do Grupo Parlamentar pareciam dois órgãos de entidades diferentes ao  ponto desta ter sido compulsivamente afastada por imposição daquela com o argumento de que o GP não respeitava as decisões do Partido. A verdade é que a inoperacionalidade do PS-M era tal que nunca a Comissão Política Regional reuniu para dar orientações ao GP. Pelo contrário, este estava tão activo que fazia inveja à passiva Direcção na Rua do Surdo.

Foi neste contexto político interno que teve lugar o 10º Congresso Regional, realizado nos dias 3 e 4 de fevereiro de 2001. Depois do desaire eleitoral, no concelho do Funchal, onde o PS perdeu dois deputados nas eleições regionais de outubro de 2000, Mota Torres perdeu legitimidade política para recandidatar-se à liderança. Mas não faltaram candidatos com vista a porem na ordem o partido: André Escórcio avançou mas, após uma “rasteira” de alguns apoiantes, desistiu em 7 de dezembro quando a campanha ainda ia no adro, ficando sem efeito a sua moção intitulada «PS UNIDO RUMO À VITÓRIA»; João Carlos Gouveia renovou a sua candidatura levando grande vantagem com a moção «TODOS PELO PS»; Victor Freitas surgiu como  candidato a líder e  primeiro subscritor da moção «CONGREGAR VONTADES, VENCER DESAFIOS»; José António Cardoso surgiu na cena com a moção «UNIR O PS, GANHAR A SOCIEDADE»; Maria da Luz  apresentou-se com a moção «CONNOSCO OS MILITANTES CONTAM»;  Góis Mendonça pretendia «MUDAR O PARTIDO, GANHAR A MADEIRA».

As propostas dos candidatos eram abrangentes e previam quase tudo para restaurar o partido. João Carlos Gouveia pretendia “não só unir o PS-Madeira e reconciliar a família socialista, como também criar condições para que se estabeleça uma relação de confiança entre o nosso partido e os madeirenses” porque “Só com uma nova mentalidade de cultura de poder e na recusa  da estratégia imposta por aqueles que ocupam  os órgãos do governo próprios, o PS-Madeira ousará inscrever na agenda política regional a sua própria estratégia e o seu discurso político, que, para se afirmar, não podem ser o reverso daquilo que o PSD-M propõe”. Por outro lado, “o PS-Madeira tem vacilado, ao longo da sua história, em relação à sua estratégia de confronto com o poder instituído”, sendo que ”o PROJECTO SOCIALISTA PARA A MADEIRA deve partir do princípio de que a economia da Madeira só tem futuro se houver ainda uma maior promoção social e cultural dos madeirenses. E, neste sentido, a Região Autónoma da Madeira deve acolher de braços abertos o retorno dos nossos emigrantes que se encontram em dificuldades nos seus países de acolhimento”.
(continua X Congresso Regional)

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