PS-Madeira – Estruturas, Congressos e
Líderes (13)
(continuação
IX Congresso Regional)
-Declarações do Presidente da
Comissão Política Regional do PS-Madeira de que a solução política do partido
só se resolve com o afastamento dos deputados em próximas eleições regionais;
-Marcação de acções de dinamização
do partido em três
Concelhos distintos, no mesmo dia e nas mesmas horas;
-Permanente confronto entre a
Direcção do Grupo Parlamentar e a Direcção do Partido”.
Chegado ao fim, o Congresso elegeu
Mota Torres para continuar à frente do PS-M como, aliás, já estava previsto
dias antes pelo número de delegados eleitos pela sua moção.
10º Congresso Regional:
Quando terminou o prazo de dois
anos do mandato dos órgãos dirigentes, eleitos no congresso de fevereiro de
1999, o PS-Madeira encontrava-se retalhado pela conflitualidade interna. A
Direcção do Partido e a do Grupo Parlamentar pareciam dois órgãos de entidades
diferentes ao ponto desta ter sido
compulsivamente afastada por imposição daquela com o argumento de que o GP não
respeitava as decisões do Partido. A verdade é que a inoperacionalidade do PS-M
era tal que nunca a Comissão Política Regional reuniu para dar orientações ao
GP. Pelo contrário, este estava tão activo que fazia inveja à passiva Direcção
na Rua do Surdo.
Foi neste contexto político
interno que teve lugar o 10º Congresso Regional, realizado nos dias 3 e 4 de fevereiro
de 2001. Depois do desaire eleitoral, no concelho do Funchal, onde o PS perdeu
dois deputados nas eleições regionais de outubro de 2000, Mota Torres perdeu
legitimidade política para recandidatar-se à liderança. Mas não faltaram
candidatos com vista a porem na ordem o partido: André Escórcio avançou mas,
após uma “rasteira” de alguns apoiantes, desistiu em 7 de dezembro quando a
campanha ainda ia no adro, ficando sem efeito a sua moção intitulada «PS UNIDO
RUMO À VITÓRIA»; João Carlos Gouveia renovou a sua candidatura levando grande
vantagem com a moção «TODOS PELO PS»; Victor Freitas surgiu como candidato a líder e primeiro subscritor da moção «CONGREGAR
VONTADES, VENCER DESAFIOS»; José António Cardoso surgiu na cena com a moção
«UNIR O PS, GANHAR A SOCIEDADE»; Maria da Luz
apresentou-se com a moção «CONNOSCO OS MILITANTES CONTAM»; Góis Mendonça pretendia «MUDAR O PARTIDO,
GANHAR A MADEIRA».
As propostas dos candidatos eram
abrangentes e previam quase tudo para restaurar o partido. João Carlos Gouveia
pretendia “não só unir o PS-Madeira e reconciliar a família socialista, como
também criar condições para que se estabeleça uma relação de confiança entre o
nosso partido e os madeirenses” porque “Só com uma nova mentalidade de cultura
de poder e na recusa da estratégia
imposta por aqueles que ocupam os órgãos
do governo próprios, o PS-Madeira ousará inscrever na agenda política regional
a sua própria estratégia e o seu discurso político, que, para se afirmar, não
podem ser o reverso daquilo que o PSD-M propõe”. Por outro lado, “o PS-Madeira
tem vacilado, ao longo da sua história, em relação à sua estratégia de confronto
com o poder instituído”, sendo que ”o PROJECTO SOCIALISTA PARA A MADEIRA deve
partir do princípio de que a economia da Madeira só tem futuro se houver ainda
uma maior promoção social e cultural dos madeirenses. E, neste sentido, a
Região Autónoma da Madeira deve acolher de braços abertos o retorno dos nossos
emigrantes que se encontram em dificuldades nos seus países de acolhimento”.
(continua X Congresso Regional)
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