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domingo, 21 de junho de 2020


PS-Madeira – Estruturas, Congressos e Líderes (18)

Como ato preparatório da realização do XII Congresso, realizado nos dias 7 e 8 de maio de 2005, o Presidente do PS-M foi eleito directamente pelos militantes nos dias 22 a 25 de abril de 2005 (no mesmo dia da eleição dos delegados ao Congresso).
E no dia 15 de maio, reuniu a Comissão Regional para eleger os restantes órgãos regionais: Comissão Política e Secretariado.
Se num grande número de congressos houve mais de um concorrente, o XII foi especial por apenas o Jacinto Serrão se ter apresentado a líder do PS-Madeira, com a moção de orientação política global intitulada «A Força da Mudança». Começa por referir: “Neste XII Congresso do Partido Socialista Madeira, os socialistas madeirenses e porto-santenses estão, naturalmente, motivados e optimistas. O PS-M vive hoje o melhor tempo da sua história. Por um lado, motivados pelos resultados obtidos nestes dois últimos anos e, por outro, animados com a consciência de a Madeira está a mudar e que só o PS pode assegurar, a curto prazo, na Região uma alternativa de Governo séria e credível (…) Contudo, este resultado histórico não aparece isolado, vem na sequência de outros dois resultados de igual modo históricos. As melhores votações de sempre nas eleições Europeias de 2004, que resultou na eleição directa de um deputado pela Madeira, e depois nas eleições Regionais de 2004 que resultou na eleição de 19 deputados”.
“Quando, há dois anos, aceitei o desafio de me candidatar à liderança do PS-Madeira, este vivia um momento de crise interna; o partido tinha saído de três eleições, Regionais (2000) e Autárquicas (2001) e Nacionais em 2002, com resultados muito negativos. O partido que encontrei estava em crise. A nível interno havia um grande desânimo e descrença, para além de problemas organizativos, financeiros e de relacionamento com o PS a nível Nacional. A imagem externa do partido e a sua afirmação, como alternativa de poder a curto prazo, estava fortemente afetada (…).
Nas eleições Regionais de 2000, o PS obteve o 4º pior resultado de sempre. Quanto às eleições Autárquicas de 2001, os resultados saldaram-se por uma estrondosa derrota da coligação PS/CDS. E nas nacionais de 2002, o PS-M perdeu um deputado e mais de 15.000 votos. Estes factos agravaram a crise interna do PS-M. Era urgente e inadiável uma renovação do nosso Partido. Uma renovação que passava, obrigatoriamente, por novas linhas de orientação, por um novo projecto, por um novo discurso e, também, por novos protagonistas”.

A Moção continua a salientar que “É preciso reforçar o ensino vocacional e tecnológico nas escolas secundárias e nos cursos de formação (…) a Madeira continua a ter 6 concelhos entre os 20 mais pobres de Portugal. Depois de décadas de forte investimento na Madeira, com as crescentes transferências financeiras da República e da União Europeia, aquele cenário demonstra bem que o poder «laranja» criou uma classe de novos-ricos e menosprezou a justiça social, agravando o fosso entre ricos e pobres na Região”.
“O sistema de saúde na Madeira precisa de uma profunda reforma (…) o actual Hospital esgotou a sua capacidade, é preciso concretizar rapidamente a construção de um novo Hospital, que peca por tardia (…) o PS quer Governar com os Madeirenses nas autarquias da Região. Para o efeito, continuaremos a pugnar pela abertura do PS à sociedade, procurando atrair para o nosso projecto político todos os cidadãos que comungam dos nossos objectivos e princípios e que  queiram contribuir para a mudança política na Madeira.

Gregorio Gouveia












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