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domingo, 5 de julho de 2020


PS-Madeira – Estruturas, Congressos e Líderes (20)

Como ato preparatório da realização do XIV Congresso, realizado nos dias 23 e 24 de janeiro de 2010, o Presidente do PS-M foi eleito diretamente pelos militantes nos dias 8 e 9 daquele mês (no mesmo dia da eleição dos delegados ao Congresso).
No dia 5 de fevereiro, reuniu a Comissão Regional para eleger os restantes órgãos regionais.
Dois concorrentes entraram em cena neste congresso: Jacinto Serrão, com uma moção de política global intitulada «Confiança no Futuro»; Victor Freitas, com a moção de política global designada «O Nosso Compromisso: Madeira».
Em texto de apresentação remetido aos militantes, Jacinto Serrão salienta: ”Porque confio e acredito na forma da mudança do PS, dos seu militantes e simpatizantes, decidi candidatar-me à liderança do Partido (…) queremos revitalizar as estruturas de base do PS, valorizar o trabalho dos militantes e devolver a confiança a todos, respeitando a História, os Princípios e os Valores do socialismo democrático (…) queremos  o eleitorado a acreditar que é possível ganharmos as eleições, como aconteceu em 2004, ao elegermos directamente 1 deputado ao Parlamento Europeu. Ambicionamos novas dinâmicas de vitórias nas eleições, como aconteceu quando elegemos 19 deputados à Assembleia Legislativa da Madeira e 3 à Assembleia da República.
Queremos voltar a dar a esperança aos militantes e eleitores de que é possível ganhar e consolidar o poder local.
Os madeirenses têm os olhos postos no nosso Partido e devemos saber interpretar os sinais das últimas eleições. Por isso, vamos corrigir erros e afirmar um caminho para o PS, apresentando-o aos eleitores como a força de mudança, com credibilidade e confiança nos seus dirigentes e nas suas propostas. Trabalharemos por um Partido aberto aos militantes e à sociedade, ao serviço da Autonomia e da liberdade.
Queremos coerência e credibilidade na acção política do nosso Partido. Um partido ganhador, com uma liderança forte e consolidada para dar estabilidade e estratégia ao PS, por muitos anos, e esta responsabilidade está nas nossas mãos (…). Por um PS forte e credível, aberto aos militantes e à sociedade. Com a valorização das estruturas de base e do trabalho dos militantes, com investimentos na formação e informação dos militantes e dos autarcas eleitos, numa perspectiva de consolidação do poder conquistado, é possível gerar uma relação de confiança com o eleitorado.
Por um novo modelo de desenvolvimento capaz de dar resposta aos problemas. Uma nova visão que passa pelo investimento nas políticas sociais, na qualidade de vida e na saúde, na educação, na formação, na inovação e no combate às assimetrias e desperdícios. O sector privado tem de respirar livre das asfixias do sector público. Este deve limitar-se a criar as condições para um saudável clima de negócios, abrindo espaço, de forma livre a competitiva, à iniciativa privada e à diversificação dos sectores da economia, atraindo investimento, novos empregos e valor acrescentado.
Por uma Autonomia responsável, ao serviço de todos e do bem comum, ao serviço da cidadania activa, da solidariedade, da liberdade e da justiça. O modelo autonómico é o que melhor serve as aspirações do nosso povo, as dinâmicas para o desenvolvimento e para a qualidade da democracia”.
A Moção salienta que “A Madeira baseou o seu modelo de pseudo-desenvolvimento através do controlo de todos os sectores da sociedade madeirense. Queremos romper com este modelo vertical, imposto, que serve os acólitos do poder e os obedientes do Sistema (…)”.

(continua)

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