Conflitos das Autonomias da Madeira (74)
CCP- Centro Católico Português - O II Congresso do CCP teve lugar em 22 de
novembro de 1919. Aprovadas as
bases regulamentares do Centro Católico Português em 22 de novembro, durante o
II Congresso do CCP, o chamado congresso da reestruturação, realizado em Lisboa, no Beco
do Apóstolos,
à Rua
da Flores, na sede da
Associação Católica. O movimento, fundado em 8 de agosto de 1915, elegeu para presidente o professor doutor António Lino
Neto (eminente
advogado no seu tempo, professor do Instituto Superior de Economia, vice-reitor
da Universidade Técnica de Lisboa (1938-1943), presidente do Centro Católico
Português e presidente da Congresso
da República no tempo
de Sidónio Pais),
apoiado por uma comissão central de que fazem parte António
Pereira Forjaz, professor da
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, José da Fonseca Garcia, advogado.
Em 29 de setembro de 1922 foi
publicada uma pastoral coletiva do episcopado, sobre
as desinteligências que ameaçam dividir o campo católico, declarando-se
confiança na direção do CCP- Centro Católico Português. A carta de Pio XI, de 13 de maio de 1923, segundo
a pastoral coletiva do episcopado português que apoiava o CCP. Em 15 de
dezembro de 1923, reaparece o jornal «Novidades»,
agora como órgão da hierarquia católica, em apoio do CCP. O «A União» cessa
a sua publicação em abril de 1924.
Em 14 de fevereiro de 1925,
os bispos intervêm no confronto entre «A Época» e o «Novidades» dizendo
que o CCP tem o apoio do episcopado e do próprio Papa. Nemo abandona então o
CCP e «A Época» transforma-se em jornal católico, independente do Centro.
Reações contra os bispos: O «Correio
da Manhã» considera a declaração dos
bispos como uma impertinência política. O
Comércio de Viseu,
dirigido pelo visconde
de Banho,
põe-se ao lado de Nemo.
O «Golpe Militar de 28 de Maio de 1926»,
liderado por Gomes da Costa, a partir de Braga, pôs fim à «I República» e
instala a «Ditadura Militar», um regime de cariz totalitário que abriu as
portas ao «Estado Novo» que durou 48 anos.
Em 13 de outubro daquele ano, por iniciativa
do Ministro das Colónias, João Belo, o Governo da ditadura militar aprovou,
através do
No início do ano de 1927 (janeiro e fevereiro), por iniciativa
dos novos países da Europa de Leste e afro-asiáticos, a Assembleia Geral da ONU
condenou a atitude de intransigência do «Estado Novo» no que dizia respeito aos
territórios ultramarinos portugueses «não autónomos».
Em 3 de junho de 1926, António de Oliveira
Salazar foi nomeado Ministro das Finanças. Mas a instabilidade política leva-o
a regressar à vida académica em Coimbra.
Um fenómeno curioso a ter em conta
é o facto de, durante os anos de governo da ditadura militar, ter sido visível
a instabilidade política nacional com a constante mudança de Presidentes da
República e das personalidades que ocuparam o cargo de Governador Civil do
Distrito. Mas, no período do Estado Novo, o fenómeno foi inverso: os
Presidentes da República permaneceram mais tempo no poder, assim como foi mais
reduzido o número de personalidades que ocuparam o cargo de Governador Civil.
No plano da autonomia da Madeira,
houve algumas mudanças substanciais, embora no essencial manteve-se o modelo de
Distrito sob o controlo total do poder centralizador salazarista. Entretanto, o
ideal autonomista continuou vivo e reivindicativo ao longo dos tempos do Estado
Novo não se limitando às leis já publicadas.
(continua)
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