Conflitos da Autonomia – Mocidade Portuguesa
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“O segundo comissário nacional
foi Marcello Caetano, de 1940 a 1944. Fiel à política portuguesa de
neutralidade no conflito mundial, procedeu a grandes reformas que afastaram a
MP do modelo inicial militarista, aproximando-a da Igreja Católica e de outras
organizações de juventude como os escuteiros. A sua acção marcou de maneira
significativa a orientação da organização por muito tempo.
Marcello Caetano foi substituído
interinamente por José Porto Soares Franco, antigo secretário-inspector da
Mocidade Portuguesa, até à nomeação de Luís Pinto Coelho, um professor
universitário de Direito e também antigo secretário-inspector da MP, que ocupou
o cargo de 1946 a 1951. Este dirigiu a organização de modo a adaptá-la às
realidades do pós-guerra e de melhor a coordenar com as actividades
circum-escolares.
Seguiram-se António Augusto
Gonçalves Rodrigues, um catedrático de Letras, e Baltasar Rebelo de Sousa, que
ocupou interinamente o cargo, desde 1956, enquanto subsecretário de Estado da
Educação Nacional. Neste período Rebelo de Sousa procurou reanimar a
organização e implantá-la nos territórios africanos.
Desde 1960, foram comissários
nacionais, o general Raul Pereira de Castro, substituído interinamente por
Leopoldino de Almeida, em 1961 o tenente-coronel Carlos Gomes Bessa, a partir
de 1965 o arquitecto Melo Raposo, sucedido pelo tenente-coronel Fonseca Dores
e, por último, desde 1971 (ano em que a filiação na MP se tornou voluntária), o
engenheiro Manuel da Silva Lourenço Antunes, até 25 de abril de 1974.
As reorganizações
Parque Florestal de Monsanto 1938:
Pelo Decreto-Lei n.º 47 311, de
12 de novembro de 1966, o Governo procedeu à reorganização da Mocidade
Portuguesa, no que foi então denominada uma «actualização (…) no intuito de
renovar a Organização, de a adaptar melhor às circunstâncias dos tempos
presentes e lhe permitir, assim rejuvenescida, servir cada vez melhor o alto
ideal da formação da juventude à luz dos imperecíveis princípios e valores da
civilização cristã, que sempre têm presidido, e continuarão a presidir, aos
destinos de Portugal.»
Em 1971, através do Decreto-Lei
n.º 446/71, de 25 de outubro, foi criado o Secretariado para a Juventude do
Ministério da Educação Nacional que assumiu a função de organismo de execução
da política de juventude do Governo, sendo-lhe atribuídas a maioria das
competências até aí a cargo da Mocidade Portuguesa e da Mocidade Portuguesa
Feminina, prevendo-se inclusive que transitassem para aquele Secretariado os
bens destas que fossem necessários para o seu funcionamento. Paralelamente e
através do Decreto-Lei n.º 486/71, de 8 de novembro, a Mocidade Portuguesa e a
Mocidade Portuguesa Feminina foram transformadas em simples associações
nacionais de juventude, passando a ter um carácter não obrigatório.
Esta remodelação conduziu a uma
diminuição acentuada da importância destas organizações do Estado Novo.
Em 25 de abril de 1974, a Junta de Salvação Nacional procedeu à sua extinção imediata através do
Decreto-Lei n.º 171/74, da mesma data. Os arquivos das duas organizações
estão depositados na Secretaria-Geral do Ministério da Educação e Ciência, e no
Arquivo Nacional da Torre do Tombo[25] onde
podem ser consultados”.(Wikipedia livre).
Curiosidade: muitos
jovens faziam lengalengas com o “S” da fivela do cinto do uniforme:
- “Sou soldado socialista
sem Salazar saber.
- Se Salazar soubesse,
seria sério sarilho”
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