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segunda-feira, 16 de janeiro de 2023
Conflitos da Autonomia – Mocidade Portuguesa
(1)
“A Organização Nacional Mocidade Portuguesa foi criada pelo Decreto-Lei
n.º 26 611, de 19 de maio de 1936, em cumprimento do disposto na Base XI da Lei
n.º 1941, de 19 de abril de 1936.
Pretendia abranger toda a juventude, escolar ou não, e destinava-se a
«estimular o desenvolvimento integral da sua capacidade física, a formação do
carácter e a devoção à Pátria, no sentimento da ordem, no gosto da disciplina e
no culto do dever militar.».
O seu Regulamento foi aprovado em 4 de Dezembro de 1936, pelo Decreto n.º
27 301.]
A ela deveriam pertencer, obrigatoriamente, os jovens dos sete aos
catorze anos. Os seus membros encontravam-se divididos por quatro escalões
etários:
•Lusitos, dos 7 aos 10 anos;
•Infantes, dos 10 aos 14 anos;
•Vanguardistas, dos 14 aos 17 anos;
•Cadetes, dos 17 aos 25 anos.
O hino e os uniformes
A Mocidade Portuguesa estava dotada de um hino.
O seu primeiro plano de uniformes foi aprovado pelo Decreto n.º 27 301,
de 4 de dezembro de 1936. Este plano foi substituído, cerca de um ano depois,
pelo que foi aprovado pelo Decreto n.º 28 410, de 7 de janeiro de 1938.
A Mocidade Portuguesa Feminina:
Emblema da Mocidade Portuguesa
Feminina (baseado nas armas de D. João I colocadas numa lisonja, forma
tradicional dos escudos femininos na heráldica portuguesa).
Através do Decreto-Lei n.º 28 262, de 8 de dezembro de 1937, foi aprovado
o regulamento da Mocidade Portuguesa Feminina (MPF) MH IP, definida como
«secção feminina da organização nacional Mocidade Portuguesa (M.P.F.) a cargo
da Obra das Mães pela Educação Nacional (O.M.E.N.)». Por esse motivo, a
Condessa de Rilvas, dirigente máxima da O.M.E.N., tornar-se-ia também na
primeira dirigente da Mocidade Portuguesa Feminina.
De acordo com o texto deste diploma, esta organização «cultivará nas
filiadas a previdência, o trabalho colectivo, o gosto da vida doméstica e as
várias formas do espírito social próprias do sexo, orientando para o cabal
desempenho da missão da mulher na família, no meio a que pertence e na vida do
Estado».
Entre 1939 e 1947 o Comissariado Nacional da Mocidade Portuguesa dirigiu
a publicação mensal Mocidade Portuguesa Feminina: boletim mensal.
A 6 de Julho de 1966 foi feita Membro-Honorário da Ordem da Instrução
Pública.
A extensão às colónias:
Um grupo de aspirantes da Mocidade
Portuguesa em Timor Português
Pelo Decreto n.º 29 453, de 17 de fevereiro de 1939, a Organização foi
alargada «à Mocidade Portuguesa das colónias, de origem europeia, e à juventude
indígena assimilada» a quem é «dada (…) uma organização nacional e pré-militar
que estimule a sua devoção à Pátria, o desenvolvimento integral da sua
capacidade física e a formação de carácter, e que, incutindo-lhes o sentimento
da ordem, o gosto pela disciplina e o culto do dever militar, as coloque em
condições de concorrer eficazmente para a defesa da Nação.»
Os comissários nacionais:
A Mocidade Portuguesa tinha no topo da hierarquia um comissário nacional,
nomeado pelo ministro da Educação Nacional.
O primeiro comissário nacional a dirigir a Mocidade Portuguesa foi
Francisco José Nobre Guedes, de 1936 a 1940. Simpatizante do III Reich,
procurou criar uma organização de juventude nacional inspirada no modelo alemão
da Juventude Hitleriana”.
(Vikipedia Livre)
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