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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Reflexos de «Abril 74» na Madeira (13)

Em Março de 1977, nasce o semanário desportivo, intitulado «Pérola do Atlântico», propriedade de Frank Ligne, tendo como Diretor João M. Gouveia.

Em Fevereiro de 1976, é publicado o mensário «O Caseiro», órgão oficial da U.C.I.M. – União dos Caseiros da Ilha da Madeira, tendo como Diretora Maria da Conceição Gomes. O jornal tem como objetivo divulgar assuntos que se prendem com os interesses dos caseiros/colonos, que são os detentores de benfeitorias no regime de colonia, face aos senhorios propritários da terra.

Em Outubro de 1978, o Governo Regional da Madeira, através do Gabinete de Comunicação Social, inicia a publicação do «Jornal do Emigrante». O jornal não tem diretor determinado, mas o número 1 refere que “No sentido de podermos tornar mais extenso o trabalho a realizar, quer nos concelhos da Madeira, quer junto das colónias de emigrantes, «Jornal do Emigrante» a partir do próximo número espera ver concluído o processo de nomeação de correspondentes concelhios. Entretanto foi constituída uma equipa a quem caberá a responsabilidade de coordenação e elaboração do «Jornal do Emigrante» e que é assim constituída, nesta fase inicial: Gilberto Teixeira, Ernesto Rodrigues, Armindo Abreu,  Rui Marote (departamento fotográfico, Virgílio Teixeira (em representação do Centro do Emigrante Madeirense), Luís Filipe Malheiro (do Gabinete da Comunicação Social do Governo Regional da Madeira), e Mário Silva (delegado no Porto Santo).”
O objetivo do jornal é “LEVAR AOS NÚCLEOS DE NATURAIS DESTA TERRA, LABUTANDO NOS MAIS DÍSPARES PARTES DO GLOBO, A INFORMAÇÃO QUE LHES FALTA – TÃO LEGITIMAMENTE REIVINDICADA – SOBRE PROBLEMAS QUE A TODOS NÓS, VIVENDO PERTO OU LONGE DAS SUAS INCIDÊNCIAS, DIZEM RESPEITO”. Mais adiante, justifica a presença do jornal que é: “ALHEIO  ÀS DEFORMAÇÕES POLÍTICAS QUE PARECEM PRETENDER FAZER EVOLUIR A SOCIEDADE PARA UM CERTO TIPO DE MANIQUEÍSMO DEPRIMEMTE, IRÁ INFORMAR OS EMIGRANTES E POR ESTES SER INFORMADO DOS SEUS ANSEIOS E ASPIRAÇÕES. DA JUSTEZA DESTES DOIS PRECEITOS RESULTARÁ, ESTAMOS CERTOS, UM TRABALHO PROFICIENTE EM REDOR DE UMA CAUSA COMUM – UMA MADEIRA ECUMÉNICA VOLTADA, DECISIVAMENTE, PARA A PROMOÇÃO SOCIAL”.

Com o Ano I, nº 1, de 30/01/1979, nasce o jornal «MADEIRA Hoje», de periodicidade semanal, propriedade e direção de A. Monteiro de Aguiar. Com uma tiragem de 7 500 exemplares, o Estatuto Editorial declara que “COMO ÓRGÃO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL PLURALISTA E INDEPENDENTE PROCURARÁ VEICULAR UMA INFORMAÇÃO O MAIS OBJECTIVA E VERDADEIRA POSSÍVEL, SEMPRE EM CONFORMIDADE COM AS LEIS EM VIGOR (…) TERÁ COMO OBJECTIVO PRINCIPAL A DIVULGAÇÃO DOS MAIS VARIADOS PROBLEMAS REGIONAIS, ASSIM COMO A DEFESA DOS INTERESSES DA POPULAÇÃO MADEIRENSE E DO TODO NACIONAL”.

Em Fevereiro de 1979, nasce o nº 1 do jornal «A SEMILHA» , “Gazeta de emancipação vegetal” e independente. De periodicidade mensal e com formato A4, tem como Editor, Proprietário e Diretor Fernando Mota. O Editorial, intitulado “BANHA – DE – PORCO”, refere: “É na fervura desta crise, no meio de tantas e tão grandes semilhas, governos e mais governos que, nós abrimos esta nossa flor, em jeito de quem procura qualquer coisa de útil, procura e acaba por encontrar, MAIS NÃO SEJA OUTRA SEMILHA. Mas desta para melhor porque, depois da falta que para aí houve, agora ela aparece tão cara e ranhosa que, já nos pôs a supor ser esta austeridade, o tal bicho-rapa-bolsos, também uma megistosíssima semilha: tão grande que até sai à rua em letras de imprensa.”.

A 08/03/1979, nasce o númenro 1 do semanário «A Região», propriedade de José Luís Brazão, tendo como Diretor José Manuel Rodrigues. O Editorial começa por referir: “«Jovens que querem ter uma opção participativa…» foi como o prof. Eleutério de Aguiar  defeniu o grupo coordenador de «A Região», no jornal de que é redactor, em notícia que assinalou o nosso aparecimento no prelo da comunicação social madeirense”. Mais adiante refere que “O nosso semanário visa, acima de tudo, contribuir para a existência no Arquipélago de uma informação reflectida e empenhada em servir o sentido crítico da opinião pública, incidindo sobretudo na defesa dos valores fundamentais da pessoa humana”.
(continua)





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