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terça-feira, 22 de julho de 2014

Reflexos de «Abril 74» na Madeira (15)

Com o número 1 nasce o «Notícias da Madeira» a 1 de Julho de 1993. De periodicidade diária e com uma tiragem de 7 500 exemplares, é propriedade de SIMA – Sistemas de Informação e Medias de Comunicação, S.A., sendo Diretor Catanho Fernandes. De igual nome ao jornal republicano que nasceu em 1931, no entanto, o editorial do novo «Notícias da Madeira» salienta que “Apresenta-se descomplexado com uma proposta de leitura diferente da existente, refrescando, como o dissemos durante a nossa fase de promoção, a Comunicação Social madeirense”. Mais adiante refere: “Sabemos da nossa importância como órgão de imprensa regional, sobretudo numa terra com as pecularidades desta, mas não nos inibimos perante a dimensão nacional, nem tão pouco no espaço, agora regional, da Europa que nos acolhe desde há anos”. Termina afirmando: “Aqui mostramos a força de um novo projecto, enquanto confrontamos os leitores madeirenses com um novo tipo de jornal, que, estamos certos, ganhará facilmente, também, a sua faixa de mercado”.

A 01/01/1996, nasce a nova série do «Re Nhau-Nhau», com periodicidade mensal e uma tiragem de 2 000 exemplares, tendo como editor António Loja e Diretor Ricardo Freitas. O editorial salienta que “Este primeiro número do novo fôlego do gato agora ressuscitado será dedicado à figura entre todas insigne do Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva (…) Após dez anos como Primeiro-Ministro o país transformou-se aos olhos de todos os Portugueses e Portuguesas e aos olhos de todos os Madeirenses e Portosantenses: produz menos trigo e menos alfaces (que passámos a importar), produz menos ferro e menos cobre (que importamos também alegremente), consome mais televisores e mais telefones celulares (que compramos gostosamente aos Japoneses); importamos cada vez mais e exportamos relativamente cada vez menos. E devemos todo este expectacular desenvolvimento à figura sem par que é o prof. Cavaco (…) Tudo isso devemos a esse homem genial, a esse governante agora desempregado mas candidato a Presidente”.

O semanário «TRIBUNA DA MADEIRA» nasce no dia 15/10/1999, com uma tiragem de 7 000 exemplares. É propriedade de O Liberal – Empresa de Artes Gráficas, Lda, sendo Diretor Luís Calisto. O Editorial do número 1 destaca o facto de “Em alguns fulgentes períodos da História insular, a Madeira e o jornalismo foram cúmplices na luta pela liberdade humana. O isolamento do Arquipélago a incentivar a entreajuda. A experiência mostra que não há jornalismo livre sem Madeira livre. Nem há Madeira livre sem jornalismo livre (…) Entenda-se Madeira livre como duas ilhas habitadas do Atlântico onde as populações agem e pensam sem amarras”. Mais adiante salienta:”Estaremos atentos ao tratamento que se dá ao património e ao ambiente, quando o estado das coisas é tal que se delapida a riqueza que é de todos em nome de um cínico desenvolvimento da Madeira que só visa o lucro selvagem”. Propondo-se a um jornalismo sério, termina: “Esperamos que a chegada do Tribuna da Madeira coincida com o arranque  para novo período refulgente de liberdade responsável na informação das ilhas”.

A 10/11/2000 nasce o número 1 dum novo «NOTÍCIAS DA MADEIRA». De periodicidade diária, é propriedade da empresa Notícias da Madeira, Lda e tem como Diretor Carlos Lélis. O Editorial salienta: “Sabem os leitores de boa-vontade que a imagem de um jornal não é uma voz, nem aquela cara que vai dar a cara (no nosso caso, sem oferecer a outra face). Mais adiante destaca: “Deixem-nos aquecer os motores (o “hard-ware”), afinar as guitarras (o “sofware”). Não esperem já no NM mundos e fundos. Dêem-nos só tempo e gestação. E vão ver. Ver o mundo sem bater no fundo. Navegar sem meter água. Ir a remos, içando as velas… No dia escuro e na noite clara ao encontro d`”a manhã dos amanhãs”. Porque amanhã é um novo dia”. Mais à frente avança que “O NM vai dar que falar, vai sobretudo fazer falar. Os leitores e o nosso jornal vão conversar, dialogar, desabafar, respirar”. Termina: “Nada na comunicação social é assim tão simples. Nada. Nunca”.

Nasce o número 1 (julho/Agosto 2002) de «O Ilhéu» (Açores/Madeira), bimestral, sendo Editor Elder Escobar e Diretor José Luís Cabrita. O Editorial refere que “A adesão dos leitores ao nosso primeiro jornal foi entusiástica. A nível técnico, profissional, pessoal e…até político, imaginem. A verdade, é que, só com a saída regular do jornal, no final de cada mês, se saberá como tudo acontecerá: por um lado, a aquisição do jornal pelos leitores, por outro lado, o interesse em nos escrever, respondendo ao nosso questionário, enviando sugestões, artigos de opinião, etc.”. Mais adiante refere que “Uma sociedade medrosa, como é, e, sempre foi a portuguesa, é uma sociedade apagada, limitada, frustrada. Onde tudo está mal. Onde se anda aos soluços, mais preocupados com o que pensam os vizinhos, do que com aquilo que podemos e devemos fazer”.
(continua)









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