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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

«PàF» é estrondo de bomba atómica
A coligação «PàF» entre PSD e CDS não passará de um grande estrondo de bomba atómica, destruidor do escondido programa eleitoral de mentira para enganar os incautos, se existir o perigo de ganhar as próximas eleições.
A receita é já conhecida e não resultou, apesar das promessas feitas antes das eleições de 2011. O PSD e o CDS afirmaram ter tudo estudado e previsto para governar o País. Mas, chegados ao poder, todas as medidas aprovadas foram totalmente antagónicas às que prometeram, ampliando as que constavam no acordo com o FMI, Comissão Europeia e BCE.
E se depois do 25 de Abril de 1974 o País não resistiu aos graves problemas financeiros, também resultantes da crise internacional, tendo sido obrigado a recorrer ao FMI, em 1977 e em 1983/1984 (depois da política desastrosa do Governo da AD – PSD+CDS+PPM), ninguém de boa memória poderá invocar que essas duas intervenções financeiras do FMI foram por culpa exclusiva dos seis governos provisórios (1974 a 23/7/1976) e dos oito governos seguintes, em que participaram como primeiro-ministro Mário Soares, Nobre da Costa, Mota Pinto, Maria Lurdes Pintassilgo, Sá Carneiro e Pinto Balsemão.
Mas nada mudou no PSD e no CDS. O querem fazer é repetir a dose.

* Passos Coelho, 30/4/2011:Nós calculámos, por excesso, e posso garantir-vos: não será necessário cortar mais salários, nem despedir gente, se formos governo (…)”

* Paulo Portas (24/5/2011): “Ninguém tem incentivo a trabalhar mais se o produto do seu esforço suplementar for para entregar ao Estado”.

* Passos Coelho, 31/5/2011: Nós não viemos fazer promessas vagas nestas eleições, nós viemos dizer aos portugueses o que é que íamos fazer no governo (…) o PSD preparou-se bem para ser governo, foi o único partido que se apresentou aos portugueses com um programa que não é um mero programa eleitoral, é praticamente um programa de governo”.

* Passos Coelho, 27/10/2011:
 “Não vale a pena fazer demagogia sobre isto, nós sabemos que só vamos sair desta situação empobrecendo – em termos relativos, em termos absolutos até, na medida em que o nosso Produto Interno Bruto (PIB) está a cair (o que estamos a fazer é para sair da recessão, não é para agravar a recessão (…) sinto que estamos a fazer aquilo que é preciso, que a nossa direção é a direção certa”.

* Passos Coelho, 18/12/2011: “Nos próximos anos haverá muita gente em Portugal que ou consegue fazer formação e estar disponível para outras áreas ou, querendo manter-se como professores, pode olhar para todo o mercado da língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa”.

* Passos Coelho, 11/05/2012, na apresentação do Programa Estratégico para o Empreendedorismo e Inovação:
 “Estar desempregado não pode ser um sinal negativo. Despedir-se ou ser despedido não tem de ser um estigma. Tem de representar também uma oportunidade para mudar de vida”.

* Paulo Portas, em Torres Vedras, 12/5/2012:
“Acho que a economia portuguesa precisa de crescer e não há crescimento sustentado com aumento da carga fiscal. O caminho deve ser disciplinar os gastos do Estado”.

* Passos Coelho, 29/10/2012:
 “Irei, ainda amanhã, formalizar um convite ao PS para que se junte ao PSD e ao CDS-PP e, neste caso, também ao Governo, para, entre o sexto e o sétimo exames regulares da troika, programar a forma como haveremos de encontrar um programa de reavaliação das funções do Estado (…) esta reavaliação é necessária para que o Estado possa assumir as suas responsabilidades, no âmbito do estado social (…) não é impossível que tenhamos de rever alguns aspetos da Constituição para esse efeito, mas não é uma pré-condição”.


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