«PàF» é estrondo de bomba atómica
A coligação «PàF» entre
PSD e CDS não passará de um grande estrondo de bomba atómica, destruidor do
escondido programa eleitoral de mentira para enganar os incautos, se existir o
perigo de ganhar as próximas eleições.
A
receita é já conhecida e não resultou, apesar das promessas feitas antes das
eleições de 2011. O PSD e o CDS afirmaram ter tudo estudado e previsto para
governar o País. Mas, chegados ao poder, todas as medidas aprovadas foram
totalmente antagónicas às que prometeram, ampliando as que constavam no acordo
com o FMI, Comissão Europeia e BCE.
E se depois do
25 de Abril de 1974 o País não resistiu aos graves problemas financeiros,
também resultantes da crise internacional, tendo sido obrigado a recorrer ao
FMI, em 1977 e em 1983/1984 (depois da política desastrosa do Governo da AD –
PSD+CDS+PPM), ninguém de boa memória poderá invocar que essas duas intervenções
financeiras do FMI foram por culpa exclusiva dos seis governos provisórios (1974 a 23/7/1976) e dos oito
governos seguintes, em que participaram como primeiro-ministro Mário Soares,
Nobre da Costa, Mota Pinto, Maria Lurdes Pintassilgo, Sá Carneiro e Pinto
Balsemão.
Mas nada mudou no PSD e no CDS. O
querem fazer é repetir a dose.
* Passos Coelho, 30/4/2011: “Nós calculámos, por excesso, e posso
garantir-vos: não será necessário cortar mais salários, nem despedir gente, se
formos governo (…)”
* Paulo Portas (24/5/2011): “Ninguém tem incentivo a trabalhar mais se o produto do seu
esforço suplementar for para entregar ao Estado”.
* Passos Coelho, 31/5/2011: Nós não
viemos fazer promessas vagas nestas eleições, nós viemos dizer aos portugueses
o que é que íamos fazer no governo (…) o PSD preparou-se bem para ser governo,
foi o único partido que se apresentou aos portugueses com um programa que não é
um mero programa eleitoral, é praticamente um programa de governo”.
* Passos
Coelho, 27/10/2011:
“Não vale a
pena fazer demagogia sobre isto, nós sabemos que só vamos sair desta situação
empobrecendo – em termos relativos, em termos absolutos até, na medida em que o
nosso Produto Interno Bruto (PIB) está a cair (o que estamos a fazer é para
sair da recessão, não é para agravar a recessão (…) sinto que estamos a fazer
aquilo que é preciso, que a nossa direção é a direção certa”.
* Passos Coelho, 18/12/2011: “Nos próximos anos haverá muita gente
em Portugal que ou consegue fazer formação e estar disponível para outras áreas
ou, querendo manter-se como professores, pode olhar para todo o mercado da
língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa”.
* Passos
Coelho, 11/05/2012, na apresentação do Programa Estratégico para o
Empreendedorismo e Inovação:
“Estar desempregado não pode ser um sinal
negativo. Despedir-se ou ser despedido não tem de ser um estigma. Tem de
representar também uma oportunidade para mudar de vida”.
* Paulo Portas, em
Torres Vedras , 12/5/2012:
“Acho que a economia portuguesa precisa de crescer
e não há crescimento sustentado com aumento da carga fiscal. O caminho deve ser
disciplinar os gastos do Estado”.
* Passos
Coelho, 29/10/2012:
“Irei, ainda amanhã,
formalizar um convite ao PS para que se junte ao PSD e ao CDS-PP e, neste caso,
também ao Governo, para, entre o sexto e o sétimo exames regulares da troika,
programar a forma como haveremos de encontrar um programa de reavaliação das
funções do Estado (…) esta reavaliação é necessária para que o Estado possa
assumir as suas responsabilidades, no âmbito do estado social (…) não é
impossível que tenhamos de rever alguns aspetos da Constituição para esse
efeito, mas não é uma pré-condição”.
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