Um Cavaco impertinente e sectário
“Serei Presidente dos
Portugueses que me honraram com o seu voto mas também daqueles que o não
fizeram. É perante todos, sem excepção, que aqui assumo o compromisso solene de
cumprir e fazer cumprir a Lei
Fundamental da nossa República”.
Cavaco Silva - discurso na tomada de posse na Assembleia da República, 09/03/2011
Cavaco Silva - discurso na tomada de posse na Assembleia da República, 09/03/2011
“Das
eleições para a Assembleia da República dependerá também a formação do novo
Governo, não sendo admissíveis soluções governativas construídas à margem do
Parlamento, dos resultados eleitorais e dos partidos políticos (…) para
alcançar a estabilidade, é frequente na Europa formarem-se governos de
coligação. Dos 28 governos dos países da União Europeia, 23 são governos de
coligação de dois ou mais partidos. Cabe aos partidos a responsabilidade pelo
processo de negociação visando assegurar uma solução governativa estável e
credível que disponha de apoio maioritário no Parlamento. Os acordos
interpartidários, como é evidente, só têm consistência e solidez se contarem
com a adesão voluntária e genuína das forças políticas envolvidas (…) por isso, no dia 4 de outubro, todos os
cidadãos devem exercer o seu direito de voto, de forma livre, consciente e
informada” .
Cavaco Silva - 22/07/2015
“Das
eleições para a Assembleia da República dependerá a formação do novo Governo.
Não são admissíveis soluções governativas construídas à margem do Parlamento,
dos resultados eleitorais e das forças partidárias”.
Cavaco Silva - 03/10/2015.
“Tendo em conta os
resultados das eleições para a Assembleia da República, em que nenhuma força
política obteve uma maioria de mandatos no Parlamento, encarreguei o Dr. Pedro
Passos Coelho de desenvolver diligências com vista a avaliar as possibilidades
de constituir uma solução governativa que assegure a estabilidade política e a
governabilidade do País”.
Cavaco Silva - 06/10/2015
“Em 40
anos de democracia, nunca os governos de Portugal dependeram do apoio de forças
políticas antieuropeístas, isto é, de forças políticas que, nos programas eleitorais
com que se apresentaram ao povo português, defendem a revogação do Tratado de
Lisboa, do Tratado Orçamental, da União Bancária e do Pacto de Estabilidade e
Crescimento, assim como o desmantelamento da União Económica e Monetária e a
saída de Portugal do Euro, para além da dissolução da NATO, organização de que
Portugal é membro fundador (…) se o Governo formado pela coligação vencedora
pode não assegurar inteiramente a estabilidade política de que o País precisa,
considero serem muito mais graves as consequências financeiras, económicas e
sociais de uma alternativa claramente inconsistente sugerida por outras forças
políticas”.
Cavaco Silva - 22/10/2015
Um Cavaco
impertinente e sectário é o que temos e o que tivemos. Certamente lembram-se: “as
acções vendidas na Bolsa são «gato por lebre»;
acabou com o IX Governo Constitucional (do Bloco Central) quando chegou à
liderança do PSD; construiu o Centro Cultural de Belém deixando derrapar o seu
custo em milhares de contos; deixou um “buraco” na Segurança Social de 330
milhões de contos; deixou (1994) o país com um défice de 6,2% e a dívida em
70,4% do PIB; deixou a agricultura e as pescas com estrangulamento estrutural; em
1994, gastou 22 milhões de contos a mais nos concursos das grandes obras
públicas; no último Governo, todos os ministérios integraram nos seus quadros
dezenas de assessores, adjuntos e altos funcionários, fazendo aumentar o número
de funcionários públicos.
Já agora, não foi um Cavaco que
transformou em piscina de 10
metros , escavacando a horta que Salazar tinha deixado nos
jardins do Palácio de São Bento?
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