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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Da confiança à crise dos Bancos (15)

Ao comemorar quinze anos de existência do BANIF, Horácio Roque afirmou ao Jornal da Madeira de 15/01/2003: “Eu acreditei e apostei naquilo que na altura poucas pessoas acreditavam. Acreditei que era possível criar um banco com raízes madeirenses e que tivesse futuro. Hoje penso que já ninguém tem dúvidas de que o Banif é um projecto consolidado e com grande margem de progressão nos mercados nacional e internacional”. Mais adiante salienta que “O Banif começou pequenino na Madeira, hoje é um grupo financeiro com uma dimensão razoável e respeitado, não só no país como internacionalmente”.
No final de 2003, Horácio Roque reforçou a sua posição no capital social do Banif, através da Rentipar Financeira, SGPS, S.A. com mais de 66% do capital, tornando-se o maior acionista.

Em 10/01/2003, foi cerificado o aumento do Capital Social do BANIF (o novo Banco matriculado a 01/04/2002 com o mesmo nome do que foi criado em 1988) de 200.000.000,00 euros para 240.000.000,00. E no mesmo dia 10/01/2003, foi certificado que o BANIF – S.G.P.S., S.A. (que resultou da transformação do BANIF de 1988), com a matrícula 3658/880203, aumentou o capital social de 150.000.000,00 para 200.000.000,00 euros.

Em 13/03/2003, a empresa Banif -SGPS, S.A., na qualidade de Emitente, e o Banif – Banco de Investimento, S.A., na qualidade de Intermediário Financeiro, subscreveram um “Anúncio de Lançamento da Oferta Pública de Subscrição Modificada e Admissão à Negociação no Mercado de Cotações Oficiais da EURONEXT LISBON – Sociedade Gestora de Mercados Regulamentados, SA, no montante máximo de 50.000 Obrigações, ao Portador e Escriturais, de valor nominal de 1.000 Euros cada, representativas do Empréstimo Obrigacionista “Emissão de Obrigações da BANIF SGPS, SA, 2003/2006””. O anúncio refere que “o empréstimo tem a duração de três anos e meio, sendo o reembolso efectuado ao valor nominal, de uma só vez, em 30 de Setembro de 2006”.

O Diagrama de participações do Grupo Banif em 31/12/2003 evoluiu para uma estrutura complexa com Holdings e Sub-holdings, que no conjunto totaliza 35 empresas. Na hierarquia da estrutura, o BANIF – Banco Internacional do Funchal, S.A. surge em terceiro lugar, estando em primeiro lugar o BANIF – SGPS, S.A. e em segundo o BANIF Comercial, SGPS, S.A..

Enquadrado na conjuntura internacional e nacional do ano 2004, o BANIF – Banco Internacional do Funchal, S.A. integrou-se no sistema financeiro frente a um “cenário desafiante, nomeadamente ao nível da margem de intermediação devido à permanência de baixas taxas de juro, para além de não ter podido beneficiar de uma conjuntura de mercado de capitais tão favorável como a de 2003”.
O Relatório e Contas refere que “No âmbito do Programa 50.000 (projecto desenvolvido pelo Banco em 2004, em colaboração com consultores externos, com o objectivo de ampliar a sua base de Clientes activos em 50.000), celebram-se protocolos comerciais com diversas entidades públicas e privadas, o que constribuiu para a manutenção da significativa quota de mercado regional e a angariação de 9.000 novas contas activas”.
Foram desenvolvidos os “Planos Directores, efectuados para o Grupo em 2003 no domínio da adequação ao Novo Acordo de Basileia II”.
“Os passivos subordinados do Banif referem-se aos empréstimos de obrigações de caixa subordinadas ao montante de 112.380 mil euros”
No exercío de 2004, o Lucro Líquido foi de 20.511.587,58 euros, tendo sido a sua aplicação destinada: a Reserva Legal, 2.051.158,76; Dividendos 12.000.000,00; Outras Reservas, 6.460.428,82.


(continua)

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