Da confiança
à crise dos Bancos (13)
De acordo
com o Relatório e Contas, o ano de 2000 apresenta-se para o BANIF como um ano
de “consolidação da globalização dos mercados financeiros e da economia real,
tendo-se continuado a verificar processos de mega fusões” ao nível das
empresas, mas com efeitos no sistema financeiro português. Além disso, a “actividade
do Banco na Região Autónoma da Madeira foi caracterizada por um forte
incremento da actividade comercial a que correspondeu um significativo aumento
do volume de recursos captados e do crédito concedido”. Naquele ano, a rede de
agências em toda a Região atingiu as 28. Refere o mesmo Relatório que “São
significativos os aumentos de 17% no volume total de depósitos de Clientes e de
33% do crédito concedido”. Foram admitidos 222 empregados “para fazer face à
abertura de novas agências” e recompor o quadro de pessoal, tendo saído 109. No
final do ano o Banco tinha 1.331 empregados, dos quais, 71% estavam nas áreas comerciais.
Mas o Grupo Banif contava com 2.685 empregados.
O ano de
2001 é marcado pelo lançamento do projeto da remodelação do edifício-sede do
BANIF, da autoria do arquiteto Siza Vieira, apresentado em 14 de julho daquele
ano. Na cerimónia, realizada no Salão Nobre da Câmara Municipal do Funchal,
Horácio Roque, presidente do Conselho de Administração do Banco salientou que
“O Banif há muito que deixou de ser uma pequena instituição (…) se o Banif é
cobiçado é porque é um banco forte e potencial (…) é um grande banco, com uma
solidez invejável, razão porque, de tempos em tempos, alguns sectores da
concorrência fazem sair cá para fora notícias infundadas de que o Banif adere a
fusões ou algo semelhante. Isso é um disparate”.
Em
assembleias gerais do BANIF, a realizar em 21 dezembro de 2001, cujas convocatórias
foram publicadas na II série do Jornal Oficial da Madeira, do dia 20/11/2001, e
no Jornal da Madeira de 20 de novembro, aparecem vários tipos de obrigações,
tais como: Obrigações de Caixa subordinadas BANIF 96; Obrigações de Caixa
subordinadas BANIF 97; Obrigaçções de
Caixa EUROPA/JAPÃO -2002;
Obrigações de Caixa Banif – Europa Rendimento garantido; Obrigações de Caixa
subordinadas BANIF 2001/2011 1ª emissão; Obrigações de Caixa subordinadas BANIF 2000/2010 2ª
emissão; Obrigações de Caixa
subordinadas BANIF 2000/2010.
Outra
assembleia geral, para a mesma data, visou a aquisição e ou alienação pelo
Banif de ações de várias empresas do Grupo BANIF.
De acordo
com o Relatório e Contas de 2001, o BANIF tinha 31 Agências em toda a Região
que asseguram “uma forte cobertura do Banco em toda a Região e orienta a sua
actividade comercial para os particulares e empresas de pequena/média dimensão”.
No tocante
à Sucursal Financeira Exterior é referido: “Verificou-se, ao longo do ano, um
bom crescimento do volume de transacções, fruto de um cada vez maior
reconhecimento do nome do Banco e da sua Sucursal Off-Shore no mercado
internacional”.
A Filial
nas Ilhas Cayman, durante o primeiro semestre, efectuou duas emições de
obrigações indexadas ao risco Brasil (…)
nos montantes de EUR 10,75 milhões e de EUR 10 milhões, que foram integralmente
colocadas junto de clientes particulares e institucionais do Grupo”.
No ano de
2001, o BANIF gerou um resultado, líquido de impostos, no montante de
11.821.430,83 euros (2.369.984.097$00). O Conselho de Administração salienta
que o resultado “foi fortemente afectado pela provisão constituída nos termos
do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal, para fazer face à depreciação da
participação financeira do Banco na Banif Açores, SGPS, SA no montante de
7.262.993,56 Euros (Esc. 1.456.099.474$00).
(continua)
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