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sábado, 3 de junho de 2017

Da confiança à crise dos Bancos (70)

Do Banco Português do Atlântico (31/12/1942) ao Millennium BCP:

Em 1980 decorreu dezanove anos (17/07/1961) que o BPA foi instalado na Madeira. A publicidade na imprensa regional foi elucidativa quanto ao crédito para a Construção Civil: “Vamos ajudar a construir as habitações de que o País precisa”, “Construir as habitações de que muitos milhares de famílias necessitam é um dos grandes desafios para o Portugal dos anos 80. Um desafio que, pela nossa parte, é enfrentado desde já: criamos o Crédito BPA para a Construção Civil com o qual ajudaremos a resolver um dos grandes problemas do País, ao mesmo tempo que apoiamos um sector-chave da economia portuguesa”. O apelo aos empreendedores imobiliários dizia: “Se em terreno próprio, com o respectivo projecto aprovado, quiserem mandar construir, para venda, habitações, espaços comerciais ou unidades turísticas, poderão dispor, também, de um crédito até 80% do custo final do imóvel”. Também incentivou os construtores civis: “Para a construção, destinada a venda, de habitações, espaços comerciais ou unidades turísticas – sejam grandes ou pequenos os empreendimentos – poderão dispor de um crédito até 80% do seu custo final”.
Uma das publicidades da imprensa, no dia 1 de junho de 1980, refere: “BPA Administração de Propriedades FUNCHAL - A partir de agora, também na nossa Agência de  FUNCHAL  pode dispor directamente do Nosso Serviço de Administração de Propriedades BANCO PORTUGUÊS DO ATLÂNTICO Departamento de Administração de Propriedades  
LISBOA – Rua Alexandre Herculano, 16 Telef. 560638
PORTO – Rua de Ceuta, 89 – Telef. 319101
HANGRA DO HEROÍSMO – Rua da República, 56 Telef. 22003
FUNCHAL – Avenida Arriaga, 27 Telef. 29181/6”

Nova publicidade, em 27 de julho daquele ano, refere: “Investir é andar para a frente. É na aposta que os Empresários fazem no futuro – das suas unidades industriais e da economia do País (…) Vamos ajudar a desenvolver ou a criar as Empresas de que o País precisa”.
Proponha incentivos, tais como:  “ Isenção de direitos aduaneiros devidos pela importação de bens de equipamento novo”; “Redução ao lucro tributável da contribuição industrial de uma importância correspondente a: 80% ou 50% do valor do investimento em bens de equipamento novo, quando estes forem de origem nacional ou importados; 20% do valor do investimento em bens de equipamento novo (acresce às anteriores deduções), quando a unidade produtiva estiver localizada em determinadas regiões”; “Bonificação de Juros a deduzir aos juros a pagar nos três primeiros anos relativos ao crédito bancário (parcela do capital fixo corpóreo, excepto terrenos)”; “Incentivos Fiscais -  Isenções ou deduções relativamente à contribuição industrial, imposto complementar, sisa, direitos aduaneiros, imposto de capitais e imposto de mais valias”; “Dotações de Capital – Em alternativa aos incentivos fiscais e financeiros, desde que sejam preenchidos certos requisitos específicos, consistindo numa subvenção ligada à participação dos capitais sociais no financiamento do projecto e que pode atingir 50% das entradas de capital social”.
No dia 28 daquele mês, foi apresentado na Madeira o Sistema Integrado de Incentivos ao Investimento, com duas prioridades: Prioridade Sectorial e Prioridade Regional. O primeiro premeia o investimento conforme o interesse do setor na ótica de um processo de industrialização compatível com a integração de Portugal na CEE. O segundo premeia os empreendimentos localizados em regiões economicamente desfavorecidas.

 (continua)

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