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sábado, 5 de agosto de 2017

Da confiança à crise dos Bancos (77)

Do Banco Português do Atlântico (31/12/1942) ao Millennium BCP:

O Relatório e Contas de 2002 refere que, em Assembleia Geral Extraordinária de acionistas do BIG Bank Gdanski, deu-se a alteração da denominação social de Big Bank Gdanski para Bank Millennium S.A.; realizou-se a emissão de valores mobiliários de conversão obrigatória em acões ordinárias do BCP, denominada Capital BCP 2005, no montante de 700 milhões de euros, constituindo a primeira oferta deste tipo em Portugal; os resultados líquidos consolidados do BCP atingiram 272,7 milhões de euros, refletindo o impacto da constituição de uma provisão extraordinária, não obrigatória, para riscos gerais no montante de 200 milhões de euros.

No final daquele ano, o BC tinha 1.088 sucursais em Portugal, e um elenco de 14.072 trabalhadores; evolução positiva do crédito concedido, com relevo para o aumento do crédito hipotecário; houve uma melhoria da qualidade da carteira de crédito, com a manutenção de baixos níveis de incumprimento do crédito a par com níveis bastante confortáveis de cobertura do crédito vencido por provisões para riscos de crédito; crescimento dos proveitos de comissões bancárias, designadamente com cartões de pagamento e com operações de crédito; o número de acionistas ascendia a 255.692.

Em resultado da fusão da Bolsa de Valores de Lisboa e Porto na Euronext NV em 2 de abril de 2002, o BCP passou a integrar o índice Euronext 100, integrava as 100 maiores empresas em termos de capitalização e liquidez na Euronext, tendo ocupado a 53ª posição no respetivo “ranking”.

Uma das missões do BCP foi contribuir para o desenvolvimento do sistema financeiro e da economia portuguesa, consolidando o seu posicionamento como instituição de referência pela qualidade, inovação e liderança tecnológica das suas propostas de valor, tanto a nível doméstico como nos mercados geográficos em que marca presença autónoma ou através de empresas subsidiárias financeiras.
Como objetivos estratégicos o BCP desenvolveu ações de maximizar o valor na perspetiva dos acionistas; preservar elevados níveis de satisfação, fidelização e de relacionamento com os clientes; promover melhoria sustentável dos níveis de rendibilidade e de solidez patrimonial; valorização, motivação e compensação dos colaboradores; desenvolver o protagonismo na qualidade, na inovação e no desenvolvimento tecnológico; revitalizar as capacidades competitivas da distribuição a retalho de produtos e serviços financeiros no mercado doméstico; dar enfoque na atividade internacional em negócios especializados e em mercados prioritários.
Em 31 de dezembro de 2002, o Grupo BCP tinha 9 empresas associadas com atividade em Portugal e outras 9 com atividade internacional. As primeiras são: BCP Investimento, Banco de Investimento Mobiliário, Banco Expresso Atlântico, Banco ActivoBank (Portugal), CrédiBanco, Seguros e Pensões, Leasefactor e AF Investimento. As segundas são: Banco Comercial de Macau, Banco Internacional de Moçambique, Bank Millenium, NovaBank, BPABank, SottoBank, Banque BCP (França), Banque BCP (Luxemburgo) e Managerland.

Sem comissão executiva, o Conselho de Administração era composto por 9 membros, sendo Jardim Gonçalves o Presidente; dois vice-presidentes, Filipe Pinhal e Christopher de Beck; os restantes 6 eram vogais. Não havia administradores que tivessem sido eleitos em representação de qualquer acionista ou grupo de acionistas, eram administradores “independentes”.

(continua)

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