Da confiança
à crise dos Bancos (79)
Do Banco Português do Atlântico (31/12/1942)
ao Millennium BCP:
No dia 03/11/2003, em encontro que o Millennium BCP realizou na
Madeira, foram apresentados dados do Banco de Portugal que mostram a evolução
regional entre 1990 e 2002: A taxa de crescimento médio anual entre 1990 e
2002, na Madeira, nos depósitos e créditos realizados junto do sector bancário,
é a mais elevada a nível nacional. Segundo Miguel Namorado Rosa, director de
Estratégia “os depósitos tiveram na Madeira um crescimento naqueles anos na
ordem dos 16,4% ( a média nacional foi de 9,1%) e os créditos subiram 21,3%
enquanto a média nacional foi de 17,4%”.
O Millennium teve uma média de 2042 habitantes por sucursal,
enquanto que a média nacional foi de 2015. No que respeita às empresas de
construção e de alojamento e restauração, era mais forte na Madeira o seu peso
percentual, face ao total das empresas existentes.
“Comparativamente ao todo nacional o «Millenium BCP» tem na
Madeira, em termos percentuais, mais clientes mulheres do que no Continente.
Enquanto na Região as mulheres representam 44,9% dos clientes, a percentagem
nacional é de 39,8% (...) a carteira de clientes do «Millennium BCP» residentes
na Madeira é distribuída por particulares (91%), empresas (5%) e ENIs (45%),
sendo que os particulares têm uma expressão mais acentuada que na carteira tipo
nacional. Os particulares são responsáveis pela maioria dos recursos (75%) e
por 26% do crédito concedido, mas em contrapartida as empresas e ENIs representam
25% dos recursos e 74% do crédito concedido (…) a representação do banco na
Madeira passa por servir 61 mil clientes, que detêm 581 milhões de euros de
recursos e são responsáveis por 572 milhões de euros de crédito. Por concelhos,
o «Millennium BCP» elege o Banif, algumas vezes a par com outras instituições,
como o seu principal concorrente em 9 dos 11 concelhos”.
Em 2004, com a concentração na atividade principal do
Millennium BCP da venda de operações não core, os resultados foram de 513 milhões
de euros (+ 17,2% que em 2003); as comissões cresceram 9,5% para 646,5 milhões
de euros; crédito à habitação 18%; a margem financeira caíu 3,4% para 1.416
milhões de euros; os resultados trading subiram para 219,1 milhões de euros
(+69,3%); os custos de transformação desceram 2,8% para 1.668 milhões de euros;
O racio de solvabilidade cresceu para 11,9%; o Tier 1 fixou-se nos 8,1%, e
dentro deste o Core foi de 5,8%. O Millennium comprou
50% do Novabank por 330 milhões de euros que equivalia quatro vezes o valor dos
capitais próprios do Banco grego.
O ano de 2005 marcou a mudança
radical dos membros dos órgãos sociais do Banco. Jardim Gonçalves indicou o seu
substituto, Paulo Teixeira Pinto, que foi eleito Presidente do Conselho de
Administração, na Assembleia Geral realizada no dia 14 de março. Filipe Pinhal
e Christopher de Beck foram Vice-Presidentes, juntando-se: Boguslaw Kott,
António Castro Henriques, Alípio Dias,
Alexandre Gomes, Francisco Lacerda e António Rodrigues.
Ainda Presidente do Conselho de
Administração, Jardim Gonçalves remeteu uma carta aos clientes do Millennium
BCP, em que refere:
“Iniciamos o ano de 2005 fonfiantes
de que lhe daremos novas e reforçadas razões para estabelecer connosco relações
preferentes, tirando partido das capacidades que o processo de refundação do
Banco permitiu melhorar. Os mais recentes estudos de opinião sobre a Banca
Portuguesa confirmam que os Clientes reconhecem na marca Millennium bcp os
atributos de inovação, eficiência, clareza e confiança que definem uma
liderança de mercado”.
(continua)
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