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sábado, 5 de agosto de 2017

Da confiança à crise dos Bancos (79)

Do Banco Português do Atlântico (31/12/1942) ao Millennium BCP:

No dia 03/11/2003, em encontro que o Millennium BCP realizou na Madeira, foram apresentados dados do Banco de Portugal que mostram a evolução regional entre 1990 e 2002: A taxa de crescimento médio anual entre 1990 e 2002, na Madeira, nos depósitos e créditos realizados junto do sector bancário, é a mais elevada a nível nacional. Segundo Miguel Namorado Rosa, director de Estratégia “os depósitos tiveram na Madeira um crescimento naqueles anos na ordem dos 16,4% ( a média nacional foi de 9,1%) e os créditos subiram 21,3% enquanto a média nacional foi de 17,4%”.
O Millennium teve uma média de 2042 habitantes por sucursal, enquanto que a média nacional foi de 2015. No que respeita às empresas de construção e de alojamento e restauração, era mais forte na Madeira o seu peso percentual, face ao total das empresas existentes.
“Comparativamente ao todo nacional o «Millenium BCP» tem na Madeira, em termos percentuais, mais clientes mulheres do que no Continente. Enquanto na Região as mulheres representam 44,9% dos clientes, a percentagem nacional é de 39,8% (...) a carteira de clientes do «Millennium BCP» residentes na Madeira é distribuída por particulares (91%), empresas (5%) e ENIs (45%), sendo que os particulares têm uma expressão mais acentuada que na carteira tipo nacional. Os particulares são responsáveis pela maioria dos recursos (75%) e por 26% do crédito concedido, mas em contrapartida as empresas e ENIs representam 25% dos recursos e 74% do crédito concedido (…) a representação do banco na Madeira passa por servir 61 mil clientes, que detêm 581 milhões de euros de recursos e são responsáveis por 572 milhões de euros de crédito. Por concelhos, o «Millennium BCP» elege o Banif, algumas vezes a par com outras instituições, como o seu principal concorrente em 9 dos 11 concelhos”.

Em 2004, com a concentração na atividade principal do Millennium BCP da venda de operações não core, os resultados foram de 513 milhões de euros (+ 17,2% que em 2003); as comissões cresceram 9,5% para 646,5 milhões de euros; crédito à habitação 18%; a margem financeira caíu 3,4% para 1.416 milhões de euros; os resultados trading subiram para 219,1 milhões de euros (+69,3%); os custos de transformação desceram 2,8% para 1.668 milhões de euros; O racio de solvabilidade cresceu para 11,9%; o Tier 1 fixou-se nos 8,1%, e dentro deste o Core foi de 5,8%. O Millennium comprou 50% do Novabank por 330 milhões de euros que equivalia quatro vezes o valor dos capitais próprios do Banco grego.
O ano de 2005 marcou a mudança radical dos membros dos órgãos sociais do Banco. Jardim Gonçalves indicou o seu substituto, Paulo Teixeira Pinto, que foi eleito Presidente do Conselho de Administração, na Assembleia Geral realizada no dia 14 de março. Filipe Pinhal e Christopher de Beck foram Vice-Presidentes, juntando-se: Boguslaw Kott, António Castro  Henriques, Alípio Dias, Alexandre Gomes, Francisco Lacerda e António Rodrigues.
Ainda Presidente do Conselho de Administração, Jardim Gonçalves remeteu uma carta aos clientes do Millennium BCP, em que refere:
“Iniciamos o ano de 2005 fonfiantes de que lhe daremos novas e reforçadas razões para estabelecer connosco relações preferentes, tirando partido das capacidades que o processo de refundação do Banco permitiu melhorar. Os mais recentes estudos de opinião sobre a Banca Portuguesa confirmam que os Clientes reconhecem na marca Millennium bcp os atributos de inovação, eficiência, clareza e confiança que definem uma liderança de mercado”.
(continua)

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