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sábado, 5 de agosto de 2017

Da confiança à crise dos Bancos (78)

Do Banco Português do Atlântico (31/12/1942) ao Millennium BCP:

A opinião de Jardim Gonçalves, Presidente do Conselho de Admistração do BCP (in Semanário Económico, 03/01/2003 era a de que o ano de 2002 “será rocordado como um ano em que  o enquadramento económico e financeiro foi caracterizado pela desaceleração das principais economias industrializadas, pelos conflitos militares e tensões políticas no Médio Oriente, pela instabilidade dos mercados financeiros e a acentuada depreciação dos mercados accionistas, influenciada em parte pela perda de confinça dos investidores após a divulgação de diversas práticas de fraude contabilística”. Mais refere que, “a evolução dos mercados financeiros em 2003 será influenciada, por um lado, pela concretização de indícios de retoma eonómica e pelo impacto das medidas de racionalização dos resultados empresariais; a prolongada correcção das cotações face aos níveis registados em 1999/2000 pode constituir um argumento adicional para decisões de investimento, sobretudo para horizontes de longo e médio prazo, não sendo também de menosprezar o impacto positivo da clarificação e cumprimento rigoso das regras de contabilidade, dever de informação e `corporate gorvernance`”.

Filipe Pinhal, Vice-Presidente do BCP, foi de opinião que 2002 “foi um ano mau para o sistema bancário em geral, basicamente por efeitos externos à economia portuguesa. Quem tinha uma exposição na América Latina sofreu com isso (não é, felizmente, o caso do BCP); quem tem uma exposição à indústria dos seguros sofreu com isso, como é o caso do BCP (…) no que se refere especificamente à actividade bancária, o ano de 2002, pelo menos naquilo que respeita ao mercado doméstico, pode considerar-se um ano normal” (Jornal da Madeira, 03/01/2003).

No primeiro trimestre de 2003, o BCP aumentou o capital social para 3,257 milhões de euros, com uma emissão de 930 685 950 ações com valor nominal de 1 euro por ação, totalmente subscritas pelos acionistas; comprou a totalidade do capital da Seguros e Pensões (holding seguradora do BCP) à Eureko. O SiteBank, na Turquia, é redenominado Bank Europa e inicia a sua atividade com a abertura de 12 sucursais.
Em conferência de imprensa, realizada no dia 23 de outubro de 2003, o BCP anunciou que as várias marcas do BCP (Nova Rede, Atlântico e Sotto Mayor) iriam fundir-se na marca Millenium bcp. “A partir de Janeiro de 2004 prevê-se que as 1.080 sucursais do banco estejam adaptadas e todo o processo de conversão esteja concluído”. O boletim de publicidade, de novembro de 2003, apresenta o Editorial com o título «A Vida inspira-nos», Caro Cliente, O seu Banco mudou de nome. Hoje, o seu Banco cahama-se Millenium bcp. Queremos que tenha a certeza de que esta mudança não lhe irá exigir nada, seja no plano financeiro seja no plano pessoal. Mudámos de nome porque queremos dar uma nova expressão pública à nossa História e ao nosso Futuro. (…) O nosso compromisso é o de tentarmos ser seu cúmplice no tempo e no espaço em que as suas necessidades financeiras se exprimam, apresentando as nossas capacidades e a nossa disponibilidade em cada circunstância, com vista a soluções realistas. A nossa oferta comercial ser-lhe-á disponibilizada nas melhores condições possíveis, tirando partido da tecnologia, do saber profissional e da dimensão que atingimos no plano nacional e internacional. O nosso novo nome - Millenium bcp – exprime um desafio que saberemos ganhar: o de criarmos mil razões para continuarmos a merecer a sua preferência. Obrigado por nos acompanhar na maravilhosa aventura que é a Vida. Ela inspira-nos”.


(continua)

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