Da confiança
à crise dos Bancos (78)
Do Banco Português do Atlântico (31/12/1942)
ao Millennium BCP:
A opinião de Jardim Gonçalves, Presidente do Conselho de
Admistração do BCP (in Semanário Económico, 03/01/2003 era a de que o ano de
2002 “será rocordado como um ano em que
o enquadramento económico e financeiro foi caracterizado pela
desaceleração das principais economias industrializadas, pelos conflitos
militares e tensões políticas no Médio Oriente, pela instabilidade dos mercados
financeiros e a acentuada depreciação dos mercados accionistas, influenciada em
parte pela perda de confinça dos investidores após a divulgação de diversas
práticas de fraude contabilística”. Mais refere que, “a evolução dos mercados
financeiros em 2003 será influenciada, por um lado, pela concretização de
indícios de retoma eonómica e pelo impacto das medidas de racionalização dos
resultados empresariais; a prolongada correcção das cotações face aos níveis
registados em 1999/2000 pode constituir um argumento adicional para decisões de
investimento, sobretudo para horizontes de longo e médio prazo, não sendo
também de menosprezar o impacto positivo da clarificação e cumprimento rigoso
das regras de contabilidade, dever de informação e `corporate gorvernance`”.
Filipe Pinhal, Vice-Presidente do BCP, foi de opinião que 2002
“foi um ano mau para o sistema bancário em geral, basicamente por efeitos
externos à economia portuguesa. Quem tinha uma exposição na América Latina
sofreu com isso (não é, felizmente, o caso do BCP); quem tem uma exposição à
indústria dos seguros sofreu com isso, como é o caso do BCP (…) no que se
refere especificamente à actividade bancária, o ano de 2002, pelo menos naquilo
que respeita ao mercado doméstico, pode considerar-se um ano normal” (Jornal da
Madeira, 03/01/2003).
No primeiro trimestre de 2003, o BCP aumentou o capital social
para 3,257 milhões de euros, com uma emissão de 930 685 950 ações com
valor nominal de 1 euro por ação, totalmente subscritas pelos acionistas; comprou
a totalidade do capital da Seguros e Pensões (holding seguradora do BCP) à
Eureko. O SiteBank, na Turquia, é redenominado Bank Europa e inicia a sua
atividade com a abertura de 12 sucursais.
Em conferência de imprensa, realizada no dia 23 de outubro de
2003, o BCP anunciou que as várias marcas do BCP (Nova Rede, Atlântico e Sotto
Mayor) iriam fundir-se na marca Millenium bcp. “A partir de Janeiro de 2004
prevê-se que as 1.080 sucursais do banco estejam adaptadas e todo o processo de
conversão esteja concluído”. O boletim de publicidade, de novembro de 2003,
apresenta o Editorial com o título «A Vida inspira-nos», Caro Cliente, O seu
Banco mudou de nome. Hoje, o seu Banco cahama-se Millenium bcp. Queremos que
tenha a certeza de que esta mudança não lhe irá exigir nada, seja no plano
financeiro seja no plano pessoal. Mudámos de nome porque queremos dar uma nova
expressão pública à nossa História e ao nosso Futuro. (…) O nosso compromisso é
o de tentarmos ser seu cúmplice no tempo e no espaço em que as suas
necessidades financeiras se exprimam, apresentando as nossas capacidades e a
nossa disponibilidade em cada circunstância, com vista a soluções realistas. A
nossa oferta comercial ser-lhe-á disponibilizada nas melhores condições
possíveis, tirando partido da tecnologia, do saber profissional e da dimensão
que atingimos no plano nacional e internacional. O nosso novo nome - Millenium
bcp – exprime um desafio que saberemos ganhar: o de criarmos mil razões para
continuarmos a merecer a sua preferência. Obrigado por nos acompanhar na
maravilhosa aventura que é a Vida. Ela inspira-nos”.
(continua)
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