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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Da confiança à crise dos Bancos (80)

Do Banco Português do Atlântico (31/12/1942) ao Millennium BCP:

Sob o signo da marca Millennium bcp, este empreendeu junto dos clientes e à sociedade em geral formas cada vez mais aperfeiçoadas de ser útil e criar valor; consolidou a rede de sucursais, tornando-se a maior do País, tendo sido transformada numa ópima plataforma de relacionamento direto e pessoal com os clientes, continuando a ser um local de contacto privilegiado do Banco com a sociedade. Jardim Gonçalves salienta: “Toda a transformação em Millennium bcp dos quatro bancos históricos que lhe deram origem foi norteada por este princípio fundamental: refundar as estruturas fundamentais do Banco para conseguir atingir a capacidade ideal de serviço aos portugueses e crescer no negócio bancário num quadro europeu. Estamos, por isso, profundamente gratos por nos ter acompanhado nesta aventura, emprestando a sua confiança e esperando de nós sempre mais e melhor relacionamento”.
Após anterior decisão de uniformizar a imagem do Banco, a nova administração deu continuidade à mudança nos 16 países onde atua, entre bancos de direito local, sucursais e escritórios de representação.  A Polónia foi o primeiro mercado a receber a cor «cerise» e o «lettering» do Bank Millennium.
O Millennium bcp atuava nos EUA com o «bcpbank USA»; Canadá com o «bcpbank Canadá»; Polónia com o Bank Millennium; Grécia com o Novabank; Turquia com o BankEuropa; França com o Banque BCP France; Luxemburgo com o Banque BCP Luxemburg; Suiça com o Banque Privée BCP; Moçambique com o BIM – Banco Internacional de Moçambique; Venezuela, Brasil, Alemanha Inglaterra, África do Sul com escritórios de representação; Angola e Macau com sucursais.
O Millennium bcp tinha, no fial de 2005, 344 agências, cobrindo quase 80% da população do País, com 12.386 trabalhadores, mas, em agosto de 2005, o Millennium bcp já tinha vendido ativos de 80,1% na França e no Luxemburgo e 100% do Banco Comercial de Macau.
Os nove administradores, e respetivos familiares, reforçaram a sua posição acionista no banco ao longo daquele ano. e no final do ano, ainda antes do aumento de capital decorrente da conversão de valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis, a administração do Grupo controlava 0,27%, contra os 0,25% que detinha em 31 de dezembro de 2004. A família do gestor António Rodrigues foi a que mais ações adquiriu em 2005, tendo comprado 340 mil títulos, passando a deter 2,4 milhões de ações; o vice-presidente Filipe Pinhal contiuava a ser o administrador com mais títulos do banco (2,5 milhões, depois de ter adquirido 100 mil ações em 2005).
Apenas houve um caso de redução da exposição ao banco, tratou-se da família de Castro Henriques, que passou a ter menos 101 mil títulos, embora a participação individual do administrador aumentasse de 1,15 para 1,25 milhões de ações. O anterior presidente, Jardim Gonçalves, que passou a liderar o Conselho Superior do Grupo, controlava, conjuntamente com sua mulher, uma participação superior à da equipa de gestão, detendo no final do ano 10,04 milhões de ações (mais 1,8 milhões do que um ano antes), representativas de 0,31% do capital no final do ano.
Em 2006, o Banco distribuiu 33,36 milhões de euros pelos seus trabalhadores, referentes aos prémios de desempenho. Um valor que corresponde a 4,43% dos lucros totais obtidos pelo Grupo em 2005 (753,5 milhões de euros, incluindo extraordinários). Em média, cada um dos trabalhadores recebeu cerca de 2.900 euros, pagos conforme os objetivos conseguidos, o que teria acontecido a alguns nada terem recebido.

(continua)

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