Da confiança
à crise dos Bancos (88)
Do Banco Português do Atlântico (31/12/1942)
ao Millennium BCP:
Com a realização da Assembleia
Geral Anual do BCP, no dia 27 de maio de 2008, foi deliberado a favor de
proposta submetida por accionistas relativa à eleição do Conselho de
Remunerações e Previdência para o triénio 2008/2010, com a seguinte composição:
Presidente – José Manuel Rodrigues Berardo; Vogais – Luís de Melo Champalimaud
e Dr. Manuel Pinto Barbosa.
A Assembleia deliberou a favor
das propostas apresentadas pelos órgãos sociais, nomeadamente a proposta de
designação de Auditor Externo, bem como a de eleição do Revisor Oficial de
Contas e o seu suplente.
Entre os temas que, pela sua importância para a vida do Banco,
mereceram um acompanhamento especial por parte do CGS destaca-se: “o aumento de
capital social de 3.611.329.567 euros para 4.694.600.000 euros, que veio a
realizar-se durante o primeiro semestre de 2008. O aumento de capital social,
de 1.083.270.433 acções, ao preço de emissão de 1,2 euros, correspondendo a um
encaixe no montante de 1.299.924.520 euros, foi oferecido à subscrição dos
accionistas, no exercício dos respectivos direitos de preferência. Não obstante
o forte nível de volatilidade nos mercados accionistas que já se verificava ao
tempo, o aumento de capital foi completado com sucesso, tendo a procura
representado 2,2 vezes a oferta”.
Em 6 de maio de 2008 foram admitidas à cotação as novas
acções. “No cumprimento do n.º 1 do artigo 6.º dos Estatutos, que estabelece a
emissão de parecer prévio sobre aumento de capital social a deliberar pelo CAE,
o CGS emitiu parecer favorável ao referido aumento de capital e acompanhou o
processo. O CGS analisou as condições da operação nas suas reuniões de 18 de
Fevereiro e 21 de Abril e os respectivos resultados na sua reunião de 12 de
Maio de 2008”.
Quanto ao processo de consulta e selecção do Revisor Oficial
de Contas e do Auditor Externo, “nos termos definidos no Código das Sociedades
Comerciais e no Contrato de Sociedade do Banco Comercial Português, S.A.,
compete ao CGS, sob recomendação da Comissão de Auditoria e Risco, propor à
Assembleia Geral a nomeação de um revisor oficial de contas ou de uma sociedade
de revisores oficiais de contas para proceder ao exame das contas do Banco e
propor a designação do Auditor Externo.
Na reunião de 27 de outubro de 2008, o CGS apreciou a
actividade e as demonstrações financeiras consolidadas relativas ao terceiro
trimestre de 2008. “Apreciou inclusivamente o relatório de crédito concedido a
accionistas com ou sem colateral de acções do Banco e as conclusões dos
auditores externos sobre operações de crédito com membros dos corpos sociais. O
CGS analisou particularmente a agenda estratégica no contexto actual, os
pressupostos para o orçamento de 2009 e a política de dividendos do Banco”.
Na reunião de 4 de dezembro de 2008, o CGS tinha como
principal objectivo “apreciar o orçamento anual do Banco para 2009. Apreciou
também o processo de fusão por incorporação do Banco de Investimento, ratificou
o pedido de concessão de garantia pessoal da República”. O Conselho Geral e de
Supervisão Portuguesa, analisou o processo e conclusões da auto-avaliação do
CGS e tomou conhecimento da actividade das Comissões Especializadas durante o
quarto trimestre de 2008”.
Os conflitos de poder no BCP custou
muitos prejuízos aos acionistas. Além disso, no dia 10 de dezembro, o Conselho
Diretivo da CMVM deliberou deduzir acusação contra o BCP por prestação de
informação não verdadeira ao mercado.
(continua)
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