600 Anos – Capitania de Machico
Sem ter
havido simultaneidade nas doações das três Capitanias, o primeiro contemplado
foi Tristão Vaz ao receber a Capitania de Machico a 8 de maio de 1440. A doação
feita aos Capitães do Donatário teve natureza hereditária, sendo as terras
distribuídas aos colonos no regime de aforamento e em plena propriedade, que
mais não era senão a aplicação do regime das Sesmarias de 1375, aprovada por D.
Fernando e em que a posse da terra era garantida pelas culturas produzidas e
sujeitas a encargos foraleiros. Os Capitães detinham o monopólio das estruturas
económicas, assim como o direito a um décimo da dízima, nomeadamente direitos sobre os moinhos da área das suas capitanias,
sobre os fornos de pão e sobre o sal, bem como podiam criar um imposto sobre as
rendas já taxadas para o Infante D. Henrique. Anos
mais tarde, variadas modalidades foram praticadas, nomeadamente o regime feudal
da «Colonia». Segundo o Elucidário Madeirense, “A Capitania de Machico, em condições
bem diferentes da do Porto Santo, desenvolveu-se com rapidez e cresceu
notavelmente em prosperidades, mas que não foram de larga duração”.
O 1º tendo sido assinada em Santarém
a carta de doação do Infante D. Henrique. Casou com Branca
Teixeira.
Tristão Vaz (1395-1480), desde
08/05/1440,
2º - Tristão Vaz Teixeira,
chamado “Tristão das Damas” por ser muito cortesão e grande poeta.
5º - António da Silveira. Em 1541 ou 1542, D. João III
doou a Capitania a António da Silveira, pelos serviços que prestou na India. Em
1549, não veio a Machico mas mandou um representante vender a Capitania a D.
Afonso de Portugal (1519 -?), 2º Conde de Vimioso, que a governou por
loco-tenentes, tendo sido o 6º Capitão de Machico. 7º - D. Francisco de Portugal, 3º conde de
Vimioso (1550-1582). Quando este ainda era
vivo, em 25 de Fevereiro de 1582 Filipe I de Portugal nomeou o Capitão Tristão
Vaz da Veiga (descendente da primeira filha de João Gonçalves Zargo), por
ter aderido aos interesses espanhóis. Era partidário do Prior do Crato, tendo morrido
na Batalha Naval, em Vila Franca do Campo, nos Açores em 23 de julho de 1582,
tendo sido o 8º Capitão de Machico.
9º - D. Luís de Portugal, 4º Conde de Vimioso. Em
1604, recuperou a titularidade da Capitania de Machico.
13º - D. Francisco de Paula de Portugal e Castro, 8º
conde de Vimioso e 2º marquês de Valença (1680-1749). 14º - D. José Miguel
João de Portugal e Castro (1706-1775), 9º conde de Vimioso e 3º Marquêsde Valença.
15º
- Afonso Miguel de Portugal e Castro (1748-1802), 10º conde de Vimioso e 4º Marquês de Valença.
Em 1767, deu-se a extinção definitiva da
Capitania de Machico, por incorporação na Coroa
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