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segunda-feira, 12 de agosto de 2019

600 Anos – Capitania do Porto Santo
Na decisão de dividir o arquipélago da Madeira em três capitanias, coube à Ilha do Porto Santo ser a segunda a ser doada a Bartolomeu Perestrelo, por carta de 1 de novembro de 1446, após ter ocorrido 28 anos do descobrimento e seis da doação da Capitania de Machico. A carta de doação mais não teria sido do que a confirmação do direito sobre a Capitania que Perestrelo detinha de facto desde os primeiros anos do povoamento, tendo sido a capitania mais modesta não só em área, mas também em recursos para criar riqueza.
Bartolomeu Perestrelo era cavaleiro e comerciante de origem italiana e, de acordo com a Wikipedia, “chegara a Lisboa nos finais do século XIV. Vivia no Porto a 8 de Setembro de 1399 quando, como cavaleiro italiano e mercador, teve Carta de Privilégio, registada na Chancelaria de D. João I. Para tanto, justificou a sua nobreza nesse ano de 1399, data em que lhe terá sido reconhecido o seu brasão de armas”. Tornou-se Fidalgo da casa do Infante D. Henrique. Casou várias vezes, com D. Margarida Martins, de quem não teve filhos; com D. Brites Furtado Mendonça, de quem teve três filhas; com D. Isabel Moniz, de quem teve dois filhos, um dos quais também de nome Bartolomeu Perestrelo. Faleceu por volta de 1457, tendo sido sepultado na igreja Matriz de Nossa Senhora da Piedade.
2º - Pedro Correia da Cunha. A Capitania passou a ser administrada pela viúva, Isabel Moniz, em virtude da menoridade do filho de nome Bartolomeu Perestrelo. Após a morte do 1º Capitão, a viúva negociou a venda da Capitania por 300.000 reais a Pedro Correia da Cunha (Donatário da Ilha Graciosa -Açores) que casou com D. Izeu Perestrelo, filha do segundo matrimónio do 1º Capitão Donatário.
3º - Bartolomeu Perestrelo, em 1473 sendo já maior, moveu uma ação junto de D. Afonso V para recuperar a Capitania, tendo-o conseguido, voltando a Capitania do Porto Santo à linhagem dos Perestrelos.
4º - Diogo Soares Perestrelo. Em 1545 sucedeu a seu avô na Capitania, por sentença contra seus tios (irmãos de seu pai).
5º- Diogo Perestrelo Bisforte (1560-1616).  Houve alçadas de corregedores, nos primórdios do séc. XVII, para averiguar queixas dos moradores contra o seu comportamento. Faleceu no Funchal a 20 de dezembro de 1616. Depois deste Capitão Donatário, a Capitania ficou sob o domínio de Castela apesar daquele ter dois filhos que, acusados de homicídio praticado na Calheta (Madeira) onde residiam, fugiram à justiça. Extinguiu-se, assim, a varonia dos Perestrelos, passando a administração da Capitania para os Capitães-Governadores: Martim Mendes de Vasconcelos, Matias de Mendonça e Vasconcelos e Jorge Moniz de Menezes em cujo governo foi restabelecido o domínio da Capitania.  Foi D. João VI que concedeu o governo e privilégios da capitania a Vitorino Bettencourt de Vasconcelos, sendo aquele o 6º Capitão do Porto Santo.
7º - Diogo de Bettencourt Perestrelo, somente em abril de 1654 tomaria conta da capitania.
8º- Estevão Bettencourt Perestrelo governou em 1718 a capitania, tendo retomado a mesma em 1722 como 9º Capitão.
10º - Vitorino Bettencourt Perestrelo. A capitania ainda foi revalidada no 10.º donatário a 5 de setembro de 1749.
Pelo Decreto de 13 de outubro de 1770, a Capitania do Porto Santo foi extinta por incorporação na coroa

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