Conflitos da Autonomia – Polícia
Política (C)
Com a
extinção da DGS, pelo Decreto-Lei nº 171/74, de 25 de Abril de 1974, o
património documental das polícias políticas e de outras instituições do Estado
Novo passou a estar à guarda das Forças Armadas. A 7 de Julho de 1974, por
Despacho do Comandante do Estado Maior General das Forças Armadas,
regulamentado a 28 de Julho do mesmo ano, foi criado o Serviço de Coordenação
da Extinção da PIDE/DGS e LP -Legião Portuguesas, que manteve a custódia
daquela documentação, que ficou instalada no reduto Sul do Forte de Caxias, até
17 de Janeiro de 1991. Nesta data, o Serviço de Coordenação e Extinção da
PIDE/DGS e LP findou a sua acção e os Arquivos que se encontravam na sua
dependência foram incorporados no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Coube a
esta entidade tomar as medidas necessárias para esse processo de transferência,
que ficou concluído a 30 de Junho de 1992.
No Ultramar, a PIDE/DGS foi reestruturada, saneada e organizada como Polícia de
Informação Militar, enquanto decorreram as operações militares. Parte da
documentação da PIDE/DGS das ex-colónias portuguesas entrou em Caxias no final de1975.
Quanto à integridade do Arquivo, são de
assinalar os efeitos negativos das destruições e anulações de processos
efectuadas pela própria PIDE/DGS, as destruições ou desvios ocorridos entre
1974 e 1990, e o desmembramento de algumas séries de processos, levado a cabo
pelo Serviço de Coordenação da Extinção da PIDE/DGS e Legião Portuguesa,
seguido da integração desses processos noutras séries do Arquivo da PIDE/DGS ou
em séries do próprio Arquivo dos Serviços de Extinção. A 20 de Janeiro de 1997,
foram entregues pelo Museu da Assembleia 144 u.i.
O Arquivo
da PIDE/DGS faculta informação sobre a acção das outras polícias que as
precederam, designadamente, a Polícia de Segurança do Estado, a Polícia de
Informações, a Polícia Internacional Portuguesa, a Polícia de Defesa Política e
Social e a Polícia de Vigilância e Defesa do Estado
O acervo
da PIDE/DGS é basicamente composto pelos Arquivos dos Serviços Centrais, das
Delegações, designadamente, do Porto, de Coimbra, de Angola, de Cabo Verde e da
Guiné Bissau, das Subdelegações, entre outras, do continente, ilhas adjacentes
e ultramar.
Da documentação da Delegação de Moçambique restam apenas 21 unidades de
instalação, das Subdelegações da Beira, de Nampula e de Vila Cabral. Não existe
no Arquivo da PIDE/DGS documentação das Subdelegações que funcionaram em São
Tomé e Príncipe e em Timor.
Integram ainda o acervo da PIDE os Arquivos da Escola Técnica e dos
estabelecimentos prisionais de Caxias e do Aljube, bem como a documentação
proveniente da Colónia Penal do Tarrafal, em Cabo Verde, que passou a ser designada
por Campo de Trabalho de Chão Bom, a partir de 1961.
Cada um
destes Arquivos é constituído, predominantemente, por ficheiros, com informação
por vezes incompleta e não isenta de erros, por processos individuais de
informação, de multas, de pedidos de passaporte, de informação relativos a
pessoas colectivas, por processos crime, por registos de diversos actos, de que
são exemplo as detenções, e por registos de correspondência expedida e recebida”.
(Wikipedia – enciclopédia livre).
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