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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Desemprego – Peste qualificada da sociedade

Nem as estrondosas aluviões verbais dos reponsáveis políticos mundiais, mais especificamente dos que mandam na União Europeia e nos respetivos Estados-membros, conseguem suplantar o DESEMPREGO que devasta as sociedades. É como se se tratasse de uma verdadeira peste que prolifera sem freio sob a forma de globalização social, provocada pelo «Poder Financeiro» mundial que desenvolve a sua ação nos diversos países através de fiéis mandatários tecnocratas.
Quando, em Junho de 1976, a Organização Mundial do Trabalho promoveu a Conferência Mundial do Emprego, em que se concluiu ser a satisfação das necessidades básicas um problema mundial, concluiu ser necessário discutir todas as estratégias para encontrar as saídas para um verdadeiro Programa Mundial do Emprego. Os objectivos preconizados pela OIT poderiam e deveriam ser aplicados em todos os recantos do planeta onde há vida humana.
Em 1993, a Comissão Europeia elaborou o “Livro Branco” a que deu o nome de «Crescimento, Competitividade, Emprego - os Dasafios e as Pistas para entrar no Século XXI».
Não sendo este livro uma varinha mágica para resolver as graves situações de desemprego já existente, analisa a situação e aponta pistas com vista a encontrar soluções viáveis para o desemprego. Só que a União Europeia não tardou em esquecer as orientações do «Livro Branco». As suas políticas económicas e, especialmente, financeiras desembocaram numa excruzilhada sem precedentes com objetivos de favorecimento do poder financeiro em vez de criar condições que levassem a criar mais emprego. O retrocesso social da União Europeia foi a marca preponderante dos dirigentes das instituições europeias, bem vincadas nas diversas reuniões do Conselho Europeu pelos governos de direita que proliferaram em muitos Estados membros.
A crise de 2007, que ainda perdura, pôs a descoberto e acentuou ainda mais tais orientaões, embora com algumas contradições quanto às hipócritas tentativas de evitar o prolongamento da crise e o aumento do desemprego. No entanto, a peste do desemprego expandiu-se como nunca visto:
- Em 1990, Portugal tinha cerca de 320.000 desempregados. Na Região Autónoma da Madeira exitiam 4 260.
- Em 2001, o desemprego nacional rondava os 216 000. Na Região Autónoma da Madeira, 3 881.
- Em 2004, os desempregados do País eram cerca de 472 000. Na Região Autónoma da Madeira, 7 038.
- Em 2005, já se encontravam inscritos no IEPF 479 373 desempregados. Na Região Autónoma da Madeira, 7 322.
- Em 2006, estavam inscritos a nível nacional 452 651 desempregados. Na Região Autónoma da Madeira, 8 464.
- Em 2007, o desemprego nacional era de 477 099 desempregados. Na Região Autónoma da Madeira, 8 419.
- Em 2008, o número de desempregados no País atingiu cerca de 490 000. Na Região Autónoma da Madeira, cerca de 11 800.
- Em 2009, existiam no País 524 674 desempregados. Na Região Autónoma da Madeira, 12 181.
- Em 2010, os desempregados eram  cerca de 557 000. Na Região Autónoma da Madeira, cerca de 17 200.
- No primeiro trimestre de 2012, o número recorde de pedidos de emprego em Portugal foi cerca de 819 300. Na Região Autónoma da Madeira foi de cerca de 21 000.
(gregoriogouveia.blogspot.pt)

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