PS-Madeira – Estruturas, Congressos e
Líderes (1)
Na história do PS-Madeira consta a
evolução da estrutura, à medida da implantação na Região e inscrição oficial
dos primeiros militantes em 01/09/1974.
O Núcleo regional inicial, com
sede no Funchal, transformou-se em Secção. Mas não demorou a ser transformada
em Federação e a serem criadas estruturas descentralizadas por toda a Região.
No final de1976, estavam instalados a Secção do Porto Santo e os Núcleos da
Camacha, Câmara de Lobos, Caniço, Machico, Ribeira Brava e Santa Cruz, com
órgãos executivos eleitos em assembleia de militantes.
Em 27/04/1977, realizou-se o ato
formal para a eleição dos órgãos da Federação da Madeira: Comissão Executiva,
Comissão de Fiscalização de Contas, Comissão de Conflitos e uma Mesa da
Assembleia da Federação. O primeiro líder, designado Secretário Coordenador,
foi Gil Martins que coordenava a Comissão Executiva da Federação. Com a
realização do I Congresso Regional, em 19 e 20/11/1977, o Secretário
Coordenador foi eleito pela Comissão de Federação que tinha sido eleita no
Congresso.
Tal como a nível nacional, entre
1995 e 1997 os congressos foram substituídos por três convenções regionais. A
primeira foi realizada no dia 12 de fevereiro de 1995, a segunda no dia 28 de
julho de 1996 e a Terceira no dia 11 de maio de 1997. E contando com o
congresso de maio próximo, contam 19 congressos realizados des 1977.
Ao longo dos 46 anos de existência
do Partido Socialista na Madeira, sempre tiveram lugar crises temporárias,
algumas profundas, mas nunca de natureza ideológica, mas sim tendo por base
posicionamentos pessoais, face a candidaturas aos órgãos dirigentes que dão
acesso direto ou indireto a cargos políticos. Por vezes, foram invocadas razões
de inoperacionalidade dos órgãos eleitos na condução das políticas partidárias
anteriormente preconizadas e não cumpridas. Já em 1976 foi criado um
Secretariado paralelo ao que tinha sido eleito, e chegou a haver dois jantares
de S. João na sede da Rua Câmara Pestana. Mas não há memória de crises internas
de grau elevado como a partir dos anos noventa.
No conjunto dos líderes, em quatro
momentos houve demissão. A primeira foi a de Mota Torres, ocorrida poucas horas
antes das eleições presidenciais de 14/01/1996, devido a pressões internas; a
segunda foi a de Emanuel Jardim Fernandes, na sequência dos resultados das
eleições regionais de 13/10/1996, apesar de aumento da votação em percentagem,
valor absoluto e mais um deputado; a terceira foi a de José António Cardoso,
por pressões internas; a quarta foi Victor Freitas, na sequência dos resultados
eleitorais nas eleições regionais de 29/03/2015.
Com a primeira demissão não houve
mudança de órgão executivo regional. Na segunda, o PS-M foi gerido (entre
outubro de 1996 e maio de 1997) por uma «Comissão de Gestão», liderada por
Luísa Mendonça.
Gil Martins esteve seis anos a
coordenar o PS-M, incluindo o tempo que antecedeu o primeiro congresso; Emanuel
Jardim Fernandes esteve treze anos consecutivos no primeiro período e oito
meses no segundo; Mota Torres liderou durante três anos no primeiro período e
dois anos e oito meses no segundo; José António Cardoso governou o PS-M durante
um ano e nove meses; Jacinto Serrão esteve quatro anos e dez meses no primeiro
período e dois anos no segundo; João Carlos Gouveia esteve à frente do PS-M
durante dois anos e sete meses; Victor Freitas dirigiu o PS-M durante três anos
e três meses; Carlos Pereira cumpriu um mandato em dois anos e sete meses;
Emanuel Câmara cumprirá um mandato em dois anos e quatro meses.
Gregorio Gouveia
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