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terça-feira, 17 de março de 2020


PS-Madeira – Estruturas, Congressos e Líderes (1)

Na história do PS-Madeira consta a evolução da estrutura, à medida da implantação na Região e inscrição oficial dos primeiros militantes em 01/09/1974.
O Núcleo regional inicial, com sede no Funchal, transformou-se em Secção. Mas não demorou a ser transformada em Federação e a serem criadas estruturas descentralizadas por toda a Região. No final de1976, estavam instalados a Secção do Porto Santo e os Núcleos da Camacha, Câmara de Lobos, Caniço, Machico, Ribeira Brava e Santa Cruz, com órgãos executivos eleitos em assembleia de militantes.
Em 27/04/1977, realizou-se o ato formal para a eleição dos órgãos da Federação da Madeira: Comissão Executiva, Comissão de Fiscalização de Contas, Comissão de Conflitos e uma Mesa da Assembleia da Federação. O primeiro líder, designado Secretário Coordenador, foi Gil Martins que coordenava a Comissão Executiva da Federação. Com a realização do I Congresso Regional, em 19 e 20/11/1977, o Secretário Coordenador foi eleito pela Comissão de Federação que tinha sido eleita no Congresso.
Tal como a nível nacional, entre 1995 e 1997 os congressos foram substituídos por três convenções regionais. A primeira foi realizada no dia 12 de fevereiro de 1995, a segunda no dia 28 de julho de 1996 e a Terceira no dia 11 de maio de 1997. E contando com o congresso de maio próximo, contam 19 congressos realizados des 1977.
Ao longo dos 46 anos de existência do Partido Socialista na Madeira, sempre tiveram lugar crises temporárias, algumas profundas, mas nunca de natureza ideológica, mas sim tendo por base posicionamentos pessoais, face a candidaturas aos órgãos dirigentes que dão acesso direto ou indireto a cargos políticos. Por vezes, foram invocadas razões de inoperacionalidade dos órgãos eleitos na condução das políticas partidárias anteriormente preconizadas e não cumpridas. Já em 1976 foi criado um Secretariado paralelo ao que tinha sido eleito, e chegou a haver dois jantares de S. João na sede da Rua Câmara Pestana. Mas não há memória de crises internas de grau elevado como a partir dos anos noventa.
No conjunto dos líderes, em quatro momentos houve demissão. A primeira foi a de Mota Torres, ocorrida poucas horas antes das eleições presidenciais de 14/01/1996, devido a pressões internas; a segunda foi a de Emanuel Jardim Fernandes, na sequência dos resultados das eleições regionais de 13/10/1996, apesar de aumento da votação em percentagem, valor absoluto e mais um deputado; a terceira foi a de José António Cardoso, por pressões internas; a quarta foi Victor Freitas, na sequência dos resultados eleitorais nas eleições regionais de 29/03/2015.
Com a primeira demissão não houve mudança de órgão executivo regional. Na segunda, o PS-M foi gerido (entre outubro de 1996 e maio de 1997) por uma «Comissão de Gestão», liderada por Luísa Mendonça.
Gil Martins esteve seis anos a coordenar o PS-M, incluindo o tempo que antecedeu o primeiro congresso; Emanuel Jardim Fernandes esteve treze anos consecutivos no primeiro período e oito meses no segundo; Mota Torres liderou durante três anos no primeiro período e dois anos e oito meses no segundo; José António Cardoso governou o PS-M durante um ano e nove meses; Jacinto Serrão esteve quatro anos e dez meses no primeiro período e dois anos no segundo; João Carlos Gouveia esteve à frente do PS-M durante dois anos e sete meses; Victor Freitas dirigiu o PS-M durante três anos e três meses; Carlos Pereira cumpriu um mandato em dois anos e sete meses; Emanuel Câmara cumprirá um mandato em dois anos e quatro meses.

Gregorio Gouveia

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