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domingo, 16 de maio de 2021

 

Conflitos das Autonomias da Madeira (31)

 A I Guerra Mundial pareceria estar premeditada a virar o ideal de conflitos armados anteriores. Mas a direção seguida pela guerra foi uma fatalidade na destruição de países e mortes no período de duração entre 1914 -1918.

Foi na presidência de Bernardino Machado, em agosto de 1914, que rebentou na Europa a Grande Guerra. Portugal, velho aliado da Inglaterra, entrou na guerra ao lado desta nação, da França e da Bélgica, contra a Alemanha e seus aliados. A paz só teve lugar quatro anos depois pelo armistício de 11 de novembro de 1918, ficando a Alemanha completamente derrotada. Quer nos campos da Flandres, quer em África, os soldados portugueses deram claras provas de bravura. Portugal participou no primeiro conflito mundial ao lado dos Aliados, o que estava de acordo com as orientações da República instaurada quatro anos antes.

Na primeira etapa do conflito, Portugal participou, militarmente, na guerra com o envio de tropas para a defesa das colónias africanas ameaçadas pela Alemanha. Face a este perigo e sem declaração de guerra, o governo português enviou contingentes militares para Angola e Moçambique. “Inicialmente, a Inglaterra insistiu na neutralidade do país português, com a condição de eventualmente realizar pedidos ao estado português para auxiliá-la na guerra. Em março de 1916, a Inglaterra decidiu pedir ao estado português o apresamento de todos os navios alemães e austro-húngaros presentes na costa lusitana. Esta atitude justificou a declaração oficial de guerra a Portugal pela Alemanha, em 9 de março de 1916 (apesar dos combates em África desde 1914). Em 1917, as primeiras tropas portuguesas, do Corpo Expedicionário Português, sob o comando de Tamagnini de Abreu, seguiam para a guerra na Europa, em direcção a Flandres. Portugal envolveu-se, depois, em combates em França. (…) Neste esforço de guerra, chegaram a estar mobilizados quase duzentos mil homens. As perdas atingiram quase dez mil mortos e milhares de feridos, além de custos económicos e sociais gravemente superiores à capacidade nacional. Os objectivos que levaram os responsáveis políticos portugueses a entrar na guerra saíram gorados na sua totalidade. A unidade nacional não seria conseguida por este meio e a instabilidade política acentuar-se-ia até à queda do regime democrático em 1926” (…) Nenhuma outra guerra mudou o mapa da Europa de forma tão dramática. Quatro impérios desapareceram após o fim do conflito: Alemão, o Austro-Húngaro, o Otomano e o Russo. Quatro dinastias, juntamente com as aristocracias que as apoiavam, caíram após a guerra: os Hohenzollern, os Habsburgos, os Romanov e os Otomanos. Países como a Bélgica e a Sérvia passaram por destruições severas, assim como a França, que perdeu 1,4 milhão de soldados, sem contar as vítimas civis. A Alemanha e Rússia foram igualmente afetadas (…) A guerra teve consequências econômicas profundas. Dos sessenta milhões de soldados europeus que foram mobilizados entre os anos de 1914 e 1918, oito milhões foram mortos, sete milhões foram incapacitados de maneira permanente e quinze milhões ficaram gravemente feridos. Morreram 6 milhões de civis durante a guerra. A Alemanha perdeu 15,1% de sua população masculina ativa, a Áustria-Hungria perdeu 17,1% e a França perdeu 10,5%”. (in wikipedia).

A Grande Guerra provocou na Madeira perdas humanas e materiais, incluindo bombardeamentos feitos por submarinos alemãs e afundamento de navios que transportavam mercadorias de e para a Madeira, como veremos no próximo texto.

(continua)

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